Viagens ao oriente

Texto de Claudia Sarmento, Publicado: 12/07/11 – O Globo.

Lago-no-Parque-Tokyo-Midtown-na-capital-do-JapaoFoto-Claudia-Sarmento
Lago no-Parque Midtown em Tóquio. Foto de Claudia Sarmento

O verão em Tóquio não é a época mais agradável do mundo – a umidade maltrata até cariocas mais do que acostumados a altas temperaturas – mas a cidade tem muitos parques que servem como “rota de fuga”, sem ser necessário deixar o centro da capital. Este ano, as áreas arborizadas são ainda mais fundamentais, já que o racionamento de energia obriga os japoneses a economizarem no ar-condicionado. Apesar da fama de selva de pedra, Tóquio tem mais de 70 parques e jardins, a maioria extremamente bem conservada. Os parques Yoyogi e Hibya, por exemplo, são imensos bolsões verdes em regiões movimentadas. O primeiro fica em Harajuku e o segundo,em Marunouchi. Alguns centros comerciais, como o Tokyo Midtown, também têm seus jardins escondidos e relativamente vazios, como o que cerca o lago da foto, e espécies raras de flores. Um item obrigatório no verão: a sombrinha. Pernas de fora e decotes excessivos não são a regra. Os japoneses, pelo contrário, se protegem bastante do sol com mangas compridas ou luvas e leggings pretas (ou meias 7/8 para as moças com menos de 30). Claro que chinelos acabam ganhando destaque no clima de descontração da estação, mas os saltinhos e os brilhos tão típicos de Tóquio resistem mesmo em dia de domingo no parque.  O site www.tokyo-park.or.jp/english tem informações sobre os parques da capital e sua localização.

Mapa do universo paralelo

Otaku é o nome usado no Japão para definir viciado em games, animes, mangás e tudo o que gira em torno desse universo paralelo. A Organização Nacional de Turismo sabe que muita gente vai a Tóquio por causa dessa cultura, que está se espalhando globalmente, e criou um serviço só para os “turistas otakus”. No site do órgão (www.jnto.go.jp) é possível baixar um mapa que lista todos os pontos de interesse, como o subúrbio de Koganei, cujas construções seculares serviram de inspiração para o premiado desenho animado “A viagem de Chihiro” (2001), ganhador de um Oscar e de um Urso de Ouroem Berlim. Entreno site e busque por “Japan anime map” para fazer download da lista de endereços.

Luzes em Hong Kong

Um dos programas mais populares entre os turistas de Hong Kong é a “Sinfonia das luzes”, um show diário de iluminação e som que envolve 44 edifícios da cidade. Todas as noite, às 20h, a paisagem urbana ganha cores novas, como se tivesse sido tomada por uma megaexplosão de fogos de artifício. O melhor lugar para ver o show é de dentro de uma das muitas balsas que cruzam o Victoria Harbour. Mas, quem preferir ficar em terra firme pode dar um passeio noturno pela Avenue of Stars, à beira-mar, para ver os arranha-céus mudarem de cor. A sinfonia é descrita pelo Guinness como o maior show permanente de luzes do mundo.

Luxo no Tibete

O St. Regis Lhasa Resort (www.stregis.com) enterra a ideia de que viagem ao Tibete é coisa só para gente com disposição para aventuras e pouco conforto. O hotel cinco estrelas, a3.600 metrosde altitude, é o primeiro spa da região e se propõe a oferecer luxo máximo sem destruir o clima de magia do “teto do mundo”. São 122 suítes e 28 vilas particulares, que podem chegar a254 metros quadrados. O lugar tem jardim para meditação, estúdio de ioga e pilates e três restaurantes com vista para o Himalaia. O prédio foi inspirado no Monastério de Sera, sagrado para os budistas. Obras de artistas locais e internacionais enfeitam o resort – mais um indício de como a China está investindo em turismo chique.