A história do Ju-Jutsu Koryu

Jujutsu ( japonês: 柔 术, pronúncia japonesa: [dʑuu.dʑu.tsu]) é uma arte marcial japonesa e um método de combate corpo a corpo para derrotar uma armada e oponente blindado em que se usa nenhuma arma ou apenas uma arma curta. O jujutsu palavra é muitas vezes grafado como jiu-jitsu, ju-jitsu, jiu-jutsu ou jiu-jitsu. Aí já existe uma polêmica, pois muitos consideram um erro de grafia essas formas. Corruptelas da forma original e correta.

“Ju” pode ser traduzido como “suave, flexível, maleável, flexível, ou ceder.” “Jutsu” pode ser traduzido como “arte” ou “técnica” e representa manipular a força do oponente contra ele mesmo, em vez de confrontá-la com a própria força própria.  Jujutsu desenvolvido entre os samurais do Japão feudal como um método para derrotar uma armada e blindados adversário em que se usa nenhuma arma, ou apenas uma arma curta. Porque batendo contra um adversário armado se mostrou ineficaz, os profissionais aprenderam que os métodos mais eficientes para neutralizar um inimigo tomou a forma de pinos, fechaduras comuns, e joga . Estas técnicas foram desenvolvidas em torno do princípio de usar a energia de um atacante contra ele, em vez de diretamente se opondo a ela.

Há muitas variações da técnica, que conduz a uma diversidade de abordagens. Jujutsu escolas (Ryu) podem utilizar todas as formas de técnicas de luta em algum grau (ou seja, jogando, armadilhas, fechaduras comuns, detém, goivagem, mordendo, desengates, marcante e chute). Além de jujutsu, muitas escolas ensinam o uso de armas.

Hoje, jujutsu é praticado em formas esportivas tradicionais e modernos. Formas derivadas do esporte incluem o esporte olímpico e arte marcial de judô, que foi desenvolvido por Jigoro Kano no final do século19 apartir de vários estilos tradicionais de Jujutsu, que por sua vez foi derivado do anterior (pré-II Guerra Mundial ) versões do Kodokan Judô.

Há muitos mitos sobre a história do Ju-Jitsu, Judô e outras artes marciais japonesas. O fato é que entender a história do Ju-Jutsu é entender a história do Judô, do Brazilian Jiu-Jitsu, do Aikidô, e diversas outras artes marciais japonesas. E conhecer a história de uma luta é conhecer melhor a luta, entender porque existem determinados golpes, determinadas regras, determinados nomes, de modo que é isso faz com que o atleta se torne um melhor atleta e também um melhor professor.

Estamos em pleno século XXI, era da informação e conhecimento, de modo que hoje, é fácil ter acesso a documentos históricos e a pesquisadores sérios, sendo que se torna fácil perceber o que é mito e o que é história no que diz respeito às artes marciais. Um dos principais mitos sobre o Jiu-Jitsu é o que diz que o Jiu-Jitsu surgiu na índia antiga, se propagou pela ásia, dando origem à todas as artes marciais asiaticas e chegou depois ao japão. Não é preciso voltar a uma história antiga indiana para compreender o erro deste mito. Basta entender o significado do termo ju-jitsu e olhar um pouco a história do próprio japão.

O que significa “Ju-Jutsu”?

Samurai Japonês

Não é um conceito próprio ou característico de uma luta só. Outros nomes também eram usados para designar as artes marciais japonesas, como taijustu, yawara, kogusoku, torite e kempo, entre outros, mas todos eram escolas de ju-jutsu.

Samurai Japonês

O termo “Jiu-Jitsu” é a maneira ocidental, ou corruptela,  de se falar e escrever o termo japonês, formado por ideogramas chineses, “ju-jutsu”, que significa “tecnica suave” ou mesmo “arte suave”. Este conceito de tecnica suave, ou arte suave é um conceito que existe em mais de 90% das artes marciais existentes no globo terrestre, que é o conceito de – a grosso modo – usar a força do oponente a nosso favor. Esse conceito pode ser encontrado em artes marciais chinesas, coreanas, russas, e até mesmo nas antigas artes marciais indígenas brasileiras.

Ju-Jutsu é o nome de uma arte marcial?

Na verdade não. O ju-jutsu não é um termo que define uma única arte marcial. É semelhante ao termo “Kung Fu”. Kung Fu não é o nome de uma arte marcial, mas sim, o nome de um conjunto de artes marciais chinesas, como o Tai Chi Chuan, Shuai Jiao (também conhecido como Judô chinês, pela ênfase em nage-waza), Wing Chun e Kung Fu Louva-a-Deus, por exemplo. Da mesma forma, o ju-jutsu é o nome de um conjunto de artes marciais japonesas de ataque e defesa sem armas ou com armas curtas.

O japão antigo enfrentava batalhas constantes internamente e também externamente

O japão antigo enfrentava batalhas constantes internamente e também externamente

Muitas escolas antigas de Ju-Jutsu faziam coisas bastante diferentes uma das outras e utilizavam o termo “ju-jutsu” para denominar-se, enquanto outras escolas faziam coisas muito semelhante entre sí e usavam termos distintos. Mas independente disso, todas eram escolas de ju-jutsu. Alguns exemplos destas escolas (em japonês, “ryu“) de jujutsu koryu (koryu e um termo associado as artes marciais clássicas antes da restauração Meiji) são:

  • Takenouchi-ryu – Fundada em 1532, esta escola de jiu-jitsu utiliza treinamento sem armas e também com armas como o bastão (bojutsu), espada (kenjustu) e também a arte de amarrar com cordas (hojojustu). É uma das mais antigas escolas de jiu-jitsu conhecidas.
  • Kyushin Ryu – Surgiu em torno do ano de 1560, e era uma escola de ju-jutsu muito treinada pelos samurais, pois  especializou-se no treino de técnicas de contato como chutes e socos (atemi-waza).
  • Daito-ryu aiki-jujutsu – criado segundo registros históricos entre 1060-1100, o Daito-ryu aiki-jujutsu é formado por técnicas de contato (atemi-waza) e também por tecnicas de neutralização oriundas do aiki-jujutsu, que envolve projeções (nage-waza) e manipulação das articulações. Esta antiga escola de ju-jutsu influenciou fortemente um dos seus alunos, Morihei Ueshiba, que fundou o Aikido.
Hojojutsu - A arte de prender com cordas
Hojojutsu – A arte de prender com cordas

Segundo Jigoro Kano, até o periodo da Restauração Meiji (1868), existiam cerca de 100 escolas de ju-jutsu espalhadas pelo japão. Isso mostra como o ju-jutsu era popular nas eras antigas japonesas, dos feudos, dos samurais e de guerras constantes, pois era necessário saber uma arte de defesa e ataque. Por ter sido um periodo de constantes guerras e conflitos, evidentemente houve intercâmbio técnico entre outros países, principalmente com a china. Há uma história que diz que um chinês chamado Chen Yuan Ping ensinou três ronin (samurais sem mestre) e estes levaram o ju-jutsu para o japão. Outra história conta que um médico chamado Akiyama Shirobei, de Nagasaki, aprendeu na china o Hakuda e ao voltar ao japão, criou o ju-jutsu.

Foto antiga de um Samurai
Foto antiga de um Samurai

Foto antiga de um Samurai

A verdade é que não se pode – e nem se deve – atribuir uma origem única ao ju-jutsu, simplesmente por ele não ser uma única arte marcial, e sim, um conjunto de artes marciais japonesas. Sem dúvida houve influência chinesa em determinadas técnicas, assim como houve influência japonesa no desenvolvimento de estilos de Kung Fu.  Como diz Jigoro Kano, “não podemos determinar o ano ou o mês em que o ju-jutsu se iniciou, mas apenas dizer que ele evoluiu desde os tempos antigos através de muitas gerações, graças à genialidade de várias pessoas”.

Entender a história do ju-jutsu antigo é valorizar os gênios que criaram, desenvolveram e mantiveram vivas estas artes até hoje, permitindo a nós hoje valorizar os mestres que deram origem às nossas artes marciais modernas, respeitando o ponto forte de cada uma destas artes, pois todas elas nasceram no mesmo lugar.

Vimos que o termo “jujutsu” não é o nome de uma arte marcial, mas sim, um nome genérico para praticamente todas as artes marciais japonesas antigas de luta corpo a corpo.

Até em torno de 1870, haviam no japão mais de 100 escolas (ryu’s) de jujutsu’s diferentes. E foi neste período que começou a decadência das artes marciais japonesas, pois foi em 1864 que o comandante americano Matthew Perry conseguiu fazer com que os japoneses abrissem suas portas ao mundo.

O filme "O último Samurai" retrata o período da Era Meiji e o declínio as lutas tradicionais japonesas.
Tom Cruise encarnando um samurai fictício americano

O filme “O último Samurai” retrata o período da Era Meiji e o declínio as lutas tradicionais japonesas.

Esse período é bem relatado no filme “O último Samurai“, estrelado pelo ator Tom Cruise. Foi o início da Era Meiji, , a renascença japonesa, promovida pelo imperador Matsuhito Meiji. Nessa época de renascimento japones, a cultura ocidental invadiu o país, fazendo com que as tradições fossem deixadas de lado. Os antigos mestres de jujutsu e samurais foram perdendo suas posições. As forças armadas foram sendo construídas a partir dos modelos ocidentais de exercíto.

Nesse período, não havia mais sentido algum preparar pessoas para o treinamento com espadas, arcos e flecha, tonfas e outras armas. E em 1871 foi assinada uma ordem proibindo os samurais de usar espadas. O declínio dos jujutsus acelerou. Alguns mestres de jujutsu tentaram ainda sobreviver abrindo dojos para ensinar as artes japonesas tradicionais, mas o ensino já era realizado sem método pedagógico e indiscriminadamente, gerando uma má fama a algumas escolas de jujutsu.

Foi mais ou menos neste período que um jovem japonês chamado Jigoro Kano, filho de Jirosaku Mareshiba Kano, alto funcionário da marinha imperial, resolveu estudar jujutsu. Por ser de uma família da elite japonesa, teve dificuldade de encontrar mestres, pois o jujutsu no japão era visto como prática de desocupados, e não como um prática da elite. Mas aos 16/17 anos de idade, iniciou seus estudos com diversos mestres de jujutsu, de escolas diferentes. Muitos de seus mestres faleceram enquanto Jigoro Kano era aluno, sendo ele então o herdeiro dos documentos da escola.

Com 22 anos de idade, 1882, Jigoro Kano cria sua primeira escola de jujusu, denominada Kodokan, que significa “Instituto do Caminho da Fraternidade”. Nos primeiros anos da Kodokan, muitos chamavam a arte marcial lá ensinada de Kano Jujusu. Até esse momento, Jigoro Kano já tinha treinado alguns estilos de jujutsu, como o Tenjin Shijyo-Ryu – que tinha em seu curriculum técnicas de atemis (socos e chutes), chaves e estrangulamentos – e o Kito-Ryu, que dava ênfase em técnicas de projeção (nage-waza).

Kodokan, em 1885
Kodokan, em 1885

Por ser uma pessoa extremamente culta, visionária e inteligente, Jigoro Kano resolveu modificar o que aprendeu nos jujutsus antigos, transformando o seu estilo, o Kano Jujutsu, em um sistema baseado em um método científico de estudo, e não uma mera arte marcial. Cada detalhe de seu estilo era pensado de forma pedagógica, analítica e racional, e o objetivo não era formar um simples atleta, mas era, a partir de seu método, formar globalmente um cidadão japonês. Jigoro Kano descartou o que considerava inútil na época, e aprimorou as técnicas que considerava úteis.

Treino na Kodokan
Treino na Kodokan


Pela extrema eficiência de sua arte, Jigoro Kano e seus alunos eram constantemente desafiados. Porém, a Kodokan tinha como linha de frente destes desafios antigos mestres de jujutsu, que perceberam a eficiência do Kano Jujutsu e se juntaram a ele. Por conta disso, poucas vezes atletas da Kodokan perdiam em seus desafios, mas quando isto acontecia, Jigoro Kano convidada o mestre da arte que o vencia para juntar-se a Kodokan e aprimorar o seu estilo de luta.

Um exemplo disso aconteceu em torno de 1890, quando um mestre do estilo Fusen-Ryu, Mataemon Tanabe, apareceu em Tókio para lutar contra os alunos da Kodokan. Tanabe era especialista em ne-waza (luta de chão), e utilizou esta estratégia para vencer os melhores alunos da Kodokan. A cada derrota, os atletas da Kodokan recorriam ao estudo das técnicas do Kito-Ryu, mas a principal escola que dêu suporte para melhorar o ne-waza da Kodokan veio do estilo Takenouchi-ryu. Depois de muito perder, Hajime Isogai, um dos melhores lutadores da Kodokan, conseguiu dominar Tanabe em uma luta que foi declarada empate.

Mataemon Tanabe demonstrando o ne-waza
Mataemon Tanabe demonstrando o ne-waza

Jigoro Kano, ao perceber o poder do estilo Fusen-Ryu, convenceu Tanabe a melhorar e aprimorar o Kano Jujusto.

Foram vários os desafios que a Kodokan realizou, sendo alguns bem sucedidos, outros não. Mas a derrota era para Jigoro Kano apenas uma motivação para aprimorar sua luta, para convidar novos mestres para fazer parte da Kodokan, e para cada vez mais atingir o resultado que tanto desejava. (Jigoro Kano, no intuito de aprimorara seu estilo enviou também, em certa época, alunos para aprender um pouco da escola de Morihei Ueshiba)

O Kano Jujutsu, que posteriormente ficou conhecido no mundo todo como Judô, foi a arte marcial compilada principalmente por Jigoro Kano a partir de diversas escolas antigas (koryu) de jujutsu e a partir de inúmeros desafios realizados. Graças a Jigoro Kano, a Kodokan pode enviar para diversas partes do mundo seus mestres nesta luta, dando origem à lutas modernas diversas, como o Brazilian Jiu-Jitusu e o Sambo Russo. O Brazilian Jiu-Jitsu surgiu graças a um mestre de Judô e aluno da Kodokan chamado Mitsuyo Maeda, o Conde Coma, que em sua viagem pelo mundo acabou parando no Brasil e tendo como os Gracies como seus alunos atualmente famosos.

Mitsuyo Maeda nasceu em 1878 em Aomori, Japão. Foi para Tóquio em 1894, com dezessete anos de idade, sendo que foi neste período que ele iniciou seus treinos nas artes marciais japonesas, mais precisamente no Kodokan.  Conta-se que antes de ter se matriculado no Kodokan, Maeda não havia nunca treinado nenhuma outra arte marcial japonesa, de modo que o Judô sempre foi a sua única bandeira. Teve no Kodokan como professor Tsunejiro Tomita, 4° dan de Judô e um dos quatro cavaleiros celestiais do Kodokan Judo. Outras versões dão conta que estudou nates do Judô, ainda que por pouco tempo, Sumô.

Mitsuyo Maeda - O Conde Koma

Mitsuyo Maeda – O Conde Koma

Durante seus treinos no Kodokan, Maeda treinou com os melhores, numa época em que o Kodokan realizava diversos desafios para comprovar a eficiência do Judô tanto como arte marcial, assim como esporte e sistema educacional. Em 1901, recebeu o terceiro dan e começou a ensinar nas universidades japonesas. Em 1904, o Sensei Jigoro Kano sugeriu que Maeda viajasse para os Estados Unidos, para divulgar o Judô, sendo que antes de partir, recebeu do Sensei Kano o quarto dan.

Esta etapa da vida de Maeda é muito importante. Foi nesse período de viagens que Maeda participou de diversos confrontos contra lutadores de outras artes marciais como o boxe ou a luta-livre. Quando esteve nos Eua, Maeda conseguiu derrotar oponentes muito mais altos do que ele, que tinha em torno de um metro e sessenta e seis, e também mais fortes. Viajou também para o Reino Unido, México, Cuba e França, realizando no total, segundo relatos, mais de 500 lutas oficiais contra os mais diversos oponentes e dentro de diversas regras, inclusive regras de vale-tudo. Devido a seu feito, em 1912 o Kodokan promoveu Maeda a 5° dan de Judô.

O apelido Conde Koma foi criado por ele quando esteve na espanha, para desafiar outro lutador japonêses, sem ser reconhecido. Koma é uma abreviação de komaru, que significa “estar em situação delicada”. Ele retirou a última sílaba da palavra e adicionou o termo Conde, aceitando a sugestão de um amigo. Segundo alguns relatos, o estilo de luta de Maeda se resumia a iniciar o combate com chutes baixos e cotoveladas, para depois levar o oponente ao chão e finalizar, estilo este parecido com o de alguns atletas do Kodokan do início do século XX, desenvolvido por causa dos constantes desafios.

Kano Ju-Jutsu - Treino sem kimonos

Kano Ju-Jutsu – Treino sem kimonos

É importante notar que por causa das diversas viagens, Maeda pôde entrar em contato com outros japoneses que ensinavam Judô pelo mundo, além de entrar em contato com professores e mestres de outras lutas, assim como pôde desafiar campeões de boxe e luta-livre. Por conta disso, seu campo de conhecimento do judô não era apenas um conhecimento teórico típico de um mestre 5° dan, mas extremamente prático e amplo.

Maeda chegou ao Brasil em torno do ano de 1914, percorrendo diversas cidades brasileiras realizando demonstrações e lutas, como Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belém, São Luiz e Manaus.
Neste momento, é importante ter em mente a confusão terminológica que passa a ocorrer. Neste período, inclusive no Japão, o termo “ju-jutso” ou “kano ju-jutsu” era utilizado quando alguém estava se referindo à parte técnica, sendo que o termo judô só era utilizado para se referir à parte filosófica. Foi somente em 1925 que o governo japonês oficializou o nome Judô como o nome oficial da luta que era ensinada nas escolas públicas do país. Na época que chegou ao Brasil, o nome Judô não estava oficializado, e portanto, era comum e esperado que os japoneses chamassem aquela luta de ju-jutsu, ou kano ju-jutsu. Por conta disso, era possível ver manchetes nos jornais brasileiros como a manchetes a seguir, do jornal “O Tempo” (1915):

Chega hoje, a bordo do paquete “Pará”, a toupe de lutadores japoneses de “jiu-jitsu”, que vem fazer as delícias dos freqüentadores dos popularíssimos do Theatro Politheama. Essa troupe que é chefiada pelo Conde Koma, campeão mundial de “Jiu-jitsu”, desembarcará em trajes orientais, percorrendo as ruas em automóveis. Os espetáculos a serem realizados pela troupe são em números pequenos, porquanto tem ela de, em breve, realizar outros contatos.

A terminologia “jiu-jitsu” era a terminologia utilizada pelos brasileiros para referir-se à luta japonesa Kano Ju-Jutsu, que seria posteriormente rebatizada oficialmente como Judô. E foi por este nome que ficou conhecida a luta que Maeda ensinou, ao se estabelecer no Brasil.

Foi em Belém do Pará que Maeda fixou residência e abriu sua academia. Lá, conheceu Gastão Gracie, que ficou muito amigo de Maeda. Gastão levou seus filhos para treinar com Maeda e aprender aquele estilo de luta que o tornava campeão de quase todos os desafios. É neste momento que começa a história do período em que o Kano Ju-jutsu se especializa em uma arte única e poderosa que hoje conhecemos como Brazilian Jiu-Jitsu.