A Natureza de um ataque

Traduzido por Jaqueline Sá Freire

O artigo que se segue foi feito com a assistência de Brian Workman, dos EUA Um assunto de fundamental importância para todos os estudantes de Aikido é a seguinte questão: “qual é a natureza de um ataque?”

É o reconhecimento de um ataque que dá início a decisão de usar as técnicas do Aikido para restaurar a paz em uma situação hostil. Depois que uma pessoa adquire um repertório básico de técnicas de Aikido e conseqüentemente está livre de uma preocupação excessiva com o mecanismo do movimento, começa a cultivar um estado de alerta para os mais leves sinais que marcam um possível ataque. Por exemplo: podem ser sutis sinais de linguagem corporal como a mudança do peso ou a tensão do corpo, que podem revelar a intenção de um possível atacante. Tendo antecipado calmamente e corretamente a ação agressiva, o Aikidoista pode tomar medidas para limitar as opções para o atacante de várias maneiras: colocando seu corpo em movimento, assumindo uma base diferente com relação ao oponente, projetando ativamente uma imagem de força, etc. Agindo desta maneira, a pessoa habilidosa passa novas informações que podem servir para perturbar o agressor e efetivamente neutralizar seu ataque. Quando vemos filmes com O-Sensei, freqüentemente parece que os atacantes não estão se esforçando muito para atingi-lo. O que não pode ser completamente apreciado é o impacto da sutil atividade que ocorre milésimos de segundo antes que o contato físico aconteça. A sensibilidade e a habilidade de reconhecer hostilidade que se adquire com o estudo do Aikido pode ser estendida além do tatame para incluir áreas de atividade verbal ou social. Formas não físicas de ataque podem igualmente ser detectadas em estágios iniciais, e trabalhadas de maneira mais bem sucedida. Realmente existem vários sinais perceptíveis pela atitude verbal e linguagem corporal que podem alertar o participante mais sensível da interação social para que ele possa adotar uma postura apropriada para reduzir a tensão no grupo e o conflito.