Bonsai

Origem:

Como não existem documentos que comprovem como e quando exatamente surgiu o bonsai, há muitas histórias diferentes que descrevem a origem. No entanto, é possível citar pontos em comum entre elas. Segundo as diversas versões, os primeiros bonsai foram cultivados na china a milhares de anos atrás. Quase todas as versões dizem que essa arte de cultivar minúsculas plantas nasceu na China ha cerca de três mil anos.

A história mais aceita entre os cultivadores do mundo todo, é a de que a milhares de anos, na China, os homens mais ricos e cultos saiam das cidades, buscando maior contato com a natureza. O intuito era seguir para as montanhas e lá contemplar todos os fenômenos naturais, tudo isso visando atingir a harmonia e a tranqüilidade do espírito. Em meio as matas, esses chineses encontravam muitas espécies de Árvores de tamanho menor. Eles as chamavam de arvores – anãs. As formas em miniatura fascinaram tanto, que começaram a retirá-las das florestas e cultivá-lasem vasos. Outraversão fala também que as famílias, durante o inverno, perdiam algumas de suas plantas favoritas. Infelizes com esse tipo de incidente, elas aos poucos desenvolveram técnicas que permitiam conservar as arvores livres dos estragos provocados pelo frio.

A data e o local corretos em que o primeiro bonsai foi cultivado são imprecisos,   Inicialmente, as Árvores em miniatura eram mantidas como eram encontradas, sendo apenas transplantadas para vasos. No entanto, com o tempo, foram surgindo, de forma gradual e lenta, técnicas que visavam aprimorar o formato dos pequenos exemplares. Foram muitos anos de tentativas frustradas até os chineses conseguirem cultivar as Árvores em bandejas.

Na dinastia Chin temos a primeira referência ao Pun-sai, que significa Árvore plantada em vaso que é o termo chinês construído da mesma forma que o termo japonês bonsai: Muitos acreditavam que os chineses, os quais deram inicio ao que seria o primeiro bonsai, não eram apenas ricos, mas estavam relacionados diretamente a religião. Versões afirmam que se tratava de monges taoistas, que admiravam essas pequenas Árvores, devido aos seus sinais de velhice e de luta pela sobrevivência contra as adversidades da natureza. As pinturas em tumbas chinesas da dinastia Tang mostram Árvores em vasos rasos, e podemos deduzir que a arte de esculpir plantas como o bonsai existe, no mínimo, desde essa época. Alguns especulam que as suas raízes na China datam de206 a.C.

Estilo Penjing:

Na dinastia Han no período de 206 AC-220 DC que aparece os primeiros relatos sobre o aparecimento de mini paisagens vivas e se da o nome de Pun-ching, significa Árvore plantada numa bandeja com paisagismo. A diferença entre os dois estilos o Pun-sai e Pun-ching Éque a segunda não possui paisagem. E com isso apareceu o terceiro estilo o Pen-jing que significaria as duas formas de bonsai. Só durante a dinastia Ching (1644-1911) que as duas formas de arte se tornaram um hobby não só da aristocracia, mas de todas as camadas da sociedade chinesa. Hoje em dia este estilo Éuma característica fundamental nos bonsais chinês. Portanto podemos identificar os bonsais chineses aqueles que possuem o estilo Pen-jing. Ainda hoje existe a linha chinesa de bonsai chamada penjing, que segue padrões e estéticos diferentes dos modelos japoneses.

Introdução no Japão

A ida do bonsai pro Japão também tem muitas versões, uns dizem que foram os monges budistas que levaram essa arte para o Japão meados do século X. Documentados temos que relatos que no período de 1280-1368 na dinastia Yuan, Ministros do Governo Japones receberam bonsais de presente do Governo Chinês. A introdução dos bonsai no Japão Éum ponto de muita discussão, mas durante a dinastia Yuan, na China, entre os anos 1280 e 1368,  os dois países fizeram grande intercâmbio. A primeira menção registrada de bonsai data da Era Kamakura no Japão, período da historia que vai de1192 a1333. Nos pergaminhos do sacerdote Honen, que viveu na época, constam ilustrações de Árvores em miniatura, plantadas em bacias e expostasem prateleiras. Váriosoutros textos escritos durante esse período mencionam mudas de Árvores e outras plantas colhidas nos campos e montanhas e transformadasem bonsai. Afamosa peça teatral Hachi-no-ki, que trata de temas da Era Kamakura, faz referencia específica a ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantadosem vasos. Portodos esses fatos, acredita-se que a arte do bonsai já era apreciada pela nobreza japonesa há pelo menos 800 anos.São dessa época, 1309, o “Kasuga-gongen-genki”, uma pintura em pergaminho do artista Takashina Takakane que mostra um celebração em frente a um templo budista com um bonsai ao fundo. Esse mesmo quadro é o alvo de controvérsias já que retrata uma paisagem do período Heian, de794 a1192, ou seja, os bonsai podem ser mais antigos no Japão do que se presume atualmente.

Durante a Era Edo, que vai de1615 a1867, ajardinagem e os vasos de plantas, em especial as floríferas e as espécies em folhas coloridas, eram de extrema popularidade no Japão. No entanto, evidencias indicam que o interesse maior pelo bonsai aumentou só no final dos anos Edo, quando as Árvores estranhamente deformadas eram, por puro equívoco, consideradas bons exemplares de bonsai. Essa tendência a  deformidade logo foi corrigida e o bonsai ressurgiu como expressão de saúde e beleza natural. Um oficial chinês, aproximadamente em 1644, levou toda sua literatura sobre bonsai para o Japão, o que, juntamente com todo seu conhecimento prático teriam contribuído decisivamente na disseminação definitiva da arte naquele país. A partir daí o país desenvolveria uma forma própria de cultivo, estabelecendo estilos e criando ferramentas especiais. Os japoneses refinaram e aperfeiçoaram o bonsai, desenvolvendo muitos dos princípios estéticos que são observados hoje. Eles também apresentaram espécies de sua arte singular para o ocidente no início do século 20.

Principais diferenças entre bonsai na China e no Japão:

Na China

– Árvore comum, sem uma simetria rígida, mas com equilíbrio.

– Formato livre, tendendo ao triangular.

– Podem ser usados adornos como estatuetas, pontes etc.

No Japão

– Árvore simetricamente perfeita, idealizada e projetada.

– Forma exata com estilos definidos, mais próxima do triângulo.

– O uso de adornos são condenados, a Árvore deve ser o único foco da atenção, ou seja, nada deve chamar mais a atenção que o próprio trabalho do artista sobre a natureza.

Do Japão para o mundo:

O Bonsai era considerado uma arvore sagrada só acessíveil aos religiosos, aristocratas e Samurais. Só se tornou hobby para outros segmentos da população japonesa muito depois. No século 18 se consagrou como uma forma de arte.

Conta-nos a literatura que foi durante a Feira Mundial de Paris, no ano de 1878, que o bonsai foi introduzido no leste, pelos Japoneses. Posteriormente em Londres, em 1909, na Exposição de Londres.  Fez isso que o bonsai se torna-se uma sensação, e espécies eram procuradas com freqüência para coleções particulares.  Algumas das espécies originais foram até mesmo compradas em leilões a preços bem altos.

Em 1914, para dar cobertura ao crescente interesse do publico por essa arte, aconteceu no Japão a primeira Exposição Nacional de Bonsai. Dizem que alguns exemplares expostos estão vivos até hoje. Vinte anos depois, o Museu Metropolitano de Arte de Tóquio instituiu uma exposição anual, que é realizada até o presente. Tempos mais tarde, numa iniciativa da Fundação Takagi, destinada a promover, entre outras coisas, exposições permanentes de bonsai, foi inaugurado nos arredores da capital japonesa o Museu Takagi da Arte do Bonsai. Depois da Segunda Guerra Mundial, o bonsai se tornou mais acessível ao entusiasta comum, e como a oferta ficou mais barata e abundante, o passatempo ficou mais popular, expandindo para incluir espécies de plantas e opções de modelos que eram inimagináveis algumas décadas atrás. O gosto pela arte vem crescendo ano a ano na Europa, Estados Unidos e também no Brasil.

Bonsai no Brasil

– É também desta época que surgiu em Londres, no ano de 1909, que começa a história do bonsai no Brasil. Junto com a imigração japonesa, possivelmente no primeiro navio, o Kasatu Maru, teriam vindo os primeiros exemplares. Também como uma das histórias conta, os imigrantes trariam de seu país de origem o hobby e espécies nativas como forma de preservar a cultura e diminuir a saudade da terra natal. No entanto, de acordo com Chuji Takeguma, autor do artigo “História do Bonsai no Brasil”, publicado em 1938 e divulgado até hoje pela Associação da Tradição Oriental, da cidade de Curitiba-PR, a prática no Brasil, não começou exatamente na chegada dos imigrantes. Vindos para trabalhar nas lavouras de café, os imigrantes japoneses se dedicavam basicamente ao cultivo agrícola, sendo esse outro motivo que teria atrasado o início da arte no Brasil. Apenas na década de 30, com estabilidade financeira, alguns imigrantes iniciaram o cultivo de exemplares de bonsai. Por muito tempo, no entanto, seu cultivo restringiu-se a quintais e a  colônia japonesa, passando de geração a geração. Foi somente em meados da década de 60 quando os norte-americanos divulgaram esta arte ao mundo em seus seriados de tv, e depois em filmes como Karate Kid I e III da década de 80, que o Brasil realmente despertou para a arte. Contudo, na época não existiam cursos, revistas e mesmo livros eram raros.

Atualmente é razoável o número de pessoas que dedicam-se à arte e o número de interessados vêm crescendo dia-a-dia. Cursos de bonsai são ministrados em diversos estados, já temos sua divulgação em revistas periódicas e mesmo um livro editado por aqui com “linguagem” nacional, quero dizer clima, espécies e outras informações especialmente dirigidas a nós. Associações começam a se espalhar por diferentes estados e já contamos com um evento anual que além ser ocasião de encontro entre brasileiros e oportunidade de vermos mestres daqui trabalhando, ainda temos o prazer de receber mestres de fora e admiradores de países vizinhos numa confraternização. Os cultivadores pioneiros, como Noriyasu Seto, dessa mesma cidade, adotaram espécies orientais como juníperos e ácer, e fizeram diversas experiências para aclimatização dessas plantas estrangeiras, cujas sementes foram trazidas do Japão. Mesmo tendo acesso as espécies orientais, houve um imenso interesse em adotar plantas nativas no cultivo do bonsai. Ainda de acordo com Chuji Takeguma, o Sr. Tyotaro Matsui, imigrante, localizado na cidade de Gauimbê, interior de SP, cultivou o primeiro bonsai de espécie nativa, no início da década de 30. O bonsai se tratava de uma Primavera (bougainvillea spp), que atraiu cultivadores japoneses pela fato de sua imensa floração.

Qual é o bonsai mais velho que existe?

Um candidato ao bonsai mais velho que existe Éum pinheiro branco que fica no National Bonsai and Penjing Museum, em Washington, D.C. Esse incrível bonsai tem quase 400 anos de idade e sobreviveu à bomba atômica que explodiuem Hiroshima. Essae outras espécies extra-ordinárias de bonsai fazem parte de uma exposiÃção permanente e gratuita patrocinada pelo Arboreto Nacional dos EUA.

OBS.: Apesar de ser responsável pela difusão do bonsai pelo mundo, nem o Japão e nem a China foram os primeiros países a utilizarem técnicas para redução de plantas. Acredita-se que os primeiros a fazer isso foram os curandeiros indianos, que necessitavam transportar plantas medicinais e por isso reduziam as plantas, mesmo sem dar a essa técnica o nome de Bonsai.

Tipos de bonsai existentes

Os bonsai apresentam-se nos mais variados tamanhos e estilos, estando divididos em quatro principais modelos: tronco único e erecto, tronco projetado para baixo, tronco composto e raízes. Desde derivam subtipos.  Descubra as diferenças e escolha o seu preferido!

Tachi-Gi : Tronco único e Ereto

Subtipos:

Chokkan: Vertical formal, Shakan: Inclinado, Moyogi: Vertical informal, Fukinagashi: Varrido pelo vento, Hokidachi – Vassoura

Chokkan: Vertical formal

bonsai Moyogi

Por ser a forma mais básica de um bonsai, É aquela que se recomenda aos principiantes. Devido ás suas proporções equilibradas : tronco recto, caracteré­sticas arredondadas, ramos que vão abrindo de cima para baixo, sendo mais compridos na base para criar um efeito horizontal muito agradável.

Shakan:  Inclinado

A posição natural das Árvores É voltada para onde está a luz ou inclinada porque os ventos a empurraram de forma contínua assim É este bonsai. O tronco É direito, mas inclinado a partir da base, estando as raízes afastadas de um lado e comprimidas do outro, para apoiar a pequena Árvore.

Moyogi:  Vertical formal

Apesar de muito semelhante ao estilo direito e formal, principalmente porque o topo do bonsai também está posicionado sobre a base do tronco, este modelo permite algumas curvas, com ramos estendidos nas mesmas direcões. O resultado É um efeito dinâmico e de movimento.

Fukinagashi:  Varrido pelo vento

bonsai Fukinagashi

Tal como o próprio nome indica, o bonsai está¡ inclinado para um lado, enquanto o ramo mais próximo da base está voltado para a direção oposta. Existem três Ângulos possíveis para este modelo: uma inclinação ligeira, uma inclinação que varia entre os 30 e os 45 graus ou uma inclinação acentuada. O aspecto geral É uma Árvore que parece ter sido fustigada por ventos ou uma forte tempestade.

Hokidachi:  Vassoura

bonsai Hokidachi

Um estilo clássico dos bonsai, mas extremamente difícil de conseguir, recebeu o seu nome das tradicionais vassouras japonesas. O seu tronco direito suporta uma copa de ramos finos que criam um efeito aberto, uniforme e muito bonito.

Kengai :  Tronco Projetado Para Baixo / Da Borda da Bandeja

– Subtipos: Kengai :Cascata, Han-Kengai :Semi-cascata, Bunjin: Literati

Kengai :  Cascata

bonsai Kengai

Neste estilo, o ramo principal do bonsai, ou até mesmo o tronco, está adestrado para crescer verticalmente, para depois ser direcionado para baixo. A apresentação final É um bonsai que desce abaixo do bordo do vaso, o que lhe confere o ar de uma Árvore de montanha que suporta condições climáticas adversas como a neve ou o vento forte.

Han-Kengai :  Semi-cascata

bonsai Han-Kengai

Uma derivação do modelo anterior, neste bonsai apenas um dos ramos (normalmente o mais baixo) encontra-se abaixo do bordo do vaso. O tronco mantêm-se vertical, com uma ligeira inclinação.

Bunjin Literati

A palavra LITERATI é é usada por muitos bonsaistas e é um nome latino originalmente atribuído ao japonês Bunjin devido à falta de um equivalente exatoem Inglês. Bunjinpor sua vez é uma tradução do chinês Wenjen, a palavra usada em chinês para designar aqueles estudiosos que eram praticantes das artes, de uma maneira geral (não ligados a plantas ou bonsai).

Esses artistas eram escritores e pintores, pertencentes a uma classe de elite de estudiosos, que pelo modo como executavam sua expressão artística, romperam com o tradicionalismo conservador, o que acabou por torná-los “proscritos”, sendo que o estilo Literati da pintura foi muitas vezes referido como o “rabiscos de monges bêbados.”

Bonsai Bunjin Literati

Voltando às plantas, de todos os termos usados para descrever um estilo Literati bonsai, a palavra “elegância” é a mais comum e utilizada. É praxe escrever sempre que o bonsai estilo Literati têm um ar de elegância refinada que empresta muito do termo para a beleza sutil do trabalho finalizado.

O QUE É UM BONSAI ESTILO LITERATI?

Tradicionalmente, o bonsai estilo Literati (ou bunjin, em japonês) tem troncos retorcidos (ou levemente sinuosos) com múltiplas curvas muitas vezes dramáticas, geralmente têm troncos finos que não apresentam galhos na parte mais baixa e têm uma óbvia falta de nebari na maioria dos casos. Mais perto de uma posição vertical informal do que qualquer outro estilo, ela escapa de classificação como tal por causa da falta de nebari e galhos mais baixos.

Importante frisar que a folhagem de um Literati muitas vezes é propositadamente esparsa, apenas o suficiente para sustentar a árvore e mantê-la saudável. John Naka disse uma vez deste estilo: “É um sonho, um resumo. É um bonsai com um desenho extremamente avançado, uma criação significativa”. Ao dizer isso, Naka capturou a essência do bonsai estilo Literati.

Troncos Compostos:

Subtipos:  Sokan: Tronco duplo,  Kabudachi: Tronco múltiplo, Yose-Ue: Bosque ou floresta

Sokan : Tronco duplo

Bonsai Sokan

Tal como o próprio nome indica, este bonsai desenvolveu dois troncos a partir das mesmas raízes, dividindo-se logo a partir do solo ou mais acima, a partir do tronco. No entanto, um dos troncos mantém-se predominante.

Kabudachi : Tronco múltiplo

Bonsai Kabudachi

Semelhante ao estilo anterior, este bonsai apresenta vários troncos, desenvolvidos a partir das mesmas raízes e normalmente logo a partir do solo. Como cada tronco procura a sua própria fonte de luz, estes estendem-se em várias direções, mas o conjunto revela-se muito harmonioso.

Yose-Ue : Bosque ou floresta

Bonsai Yose-Ue

O nome diz tudo e este bonsai é, na realidade, um conjunto de bonsai, propositadamente plantados em grupo (por norma em número impar), para criar o efeito espetacular de uma floresta em miniatura.

Raízes

Subtipos: Neagari : Raízes expostas, Ishitsuki:  Raízes sobre a rocha

Neagari: Raízes expostas

bonsai Neagari

Formal ou informal, este bonsai tem o tronco erecto com ramos alongados, estendendo-se, horizontalmente, para além do próprio vaso. O destaque vai, porém, para as raízes expostas, que conferem um ar de solidez e de resistência a s inundações ou erosões do solo que parecem ter colocado as suas raízes a nu.

Ishitsuki:  Raízes sobre a rocha

bonsai Ishitsuki

Este modelo É consistente com as Árvores que crescem nas falésias ou montanhas, simplesmente agarradas as rochas tanto até que também as raízes ficam expostas sobre a rocha e não escondidas debaixo de terra como é habitual.

Uma resposta para “Bonsai”

  1. Voltando da brevíssima explicação sobre “uro”, o que me deixava na dúvida era decidir a frente da planta, afinal, eu quero mostrar esse uro interessante, segundo, pois ele tem um movimento de tronco muito apropriado para o estilo moyogi (tronco sinuoso, em forma de “s”) já com um dos galhos prontos para a tração e futuro desenvolvimento, e, com alguma educação, também no estilo shakkan (tronco reto inclinado). E por último vinha o medo de mexer com a planta, correr o risco de fazer algo errado e mais medos típicos dos iniciantes na arte. Contudo, para que ele atingisse o estilo moyogi de forma minimamente pronta, eu levaria muitos anos para conseguir isso. É fato que a arte bonsai requer paciência, e por isso levei mais de um ano para resolver que rumo seguir para não tomar nenhuma decisão precipitada, entretanto é bom que exerçamos o estudo das possibilidades que cada planta tem. E após muito pensar e visitar inúmeras galerias de fotos me inspirei em prepará-lo no estilo literati (estilo em que o tronco é limpo com a copa reunida em apenas um lugar, na ilustração a seguir poderemos entender melhor). Levarei alguns anos para que ele fique mais compacto e fiel ao estilo, mas o resultado final será muito bom, além de mais rápido, quando digo rápido, pode-se colocar aí uns cinco anos pelo menos. Ele será o primeiro literati de minha coleção, pois eu já tenho um shimpaku em moyogi de 24 anos com raiz sobre a rocha muito bonito também!

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