Cuidados com as práticas esportivas em dias de calor intenso

Para que os dias quentes não se tornem um problema, é bom ficar atento a alguns cuidados.

O período de calor intenso muitas vezes é acompanhado pela preocupação com a umidade relativa do ar, principalmente quando esta fica inferior a 30%. Combinados, os fatores meteorológicos refletem significativamente sobre o bem estar e a saúde do corpo. E para que os dias quentes não se tornem um problema, é bom ficar atento a alguns cuidados, principalmente durante a prática de atividades físicas.

Para continuar com os treinos mesmo com a temperatura elevada o gerente da rede de academias Fit Premium, em Curitiba, Marcelo Teixeira alerta para a necessidade de alguns cuidados como roupas adequadas, boa alimentação e hidratação. “O ideal é procurar se exercitar nos horários de temperatura mais agradável como de manhã (antes das 10h), final de tarde (após as 17h) ou à noite”. Além disso, ele destaca que com a maior exposição ao sol e ao calor, nosso corpo tende a perder mais água. Fazendo exercícios físicos, o quadro piora e aumenta a possibilidade de desidratação. “É muito importante manter o corpo hidratado com água ou isotônico. Quem transpira muito pode apostar no segundo depois de uma hora de atividades, mas de qualquer maneira com a prática é indicado um consumo superior a 2 litros de líquido por dia”, explica Teixeira.

Ele ainda comenta que muitas pessoas desconhecem a hipertermia, que pode ser causada pela exposição excessiva ao sol, e traz prejuízos a saúde. ”Caracterizada pelo aumento da temperatura corporal, superior a 40ºC, a melhor maneira de evitar este problema durante os exercícios é usar roupas leves que ajudam na liberação do suor, além de abusar do uso de bonés e do protetor solar”, conta o gerente. Outro fator importante é a atenção com o ambiente no qual será realizada a prática esportiva, pois espaços fechados devem ser bem arejados, seja com ventiladores ou ar condicionado. “Mas engana-se quem pensa que o problema não ocorre em corridas no parque, por exemplo, com o calor é necessário redobrar a atenção com os limites do corpo”, orienta Teixeira.

E apesar de não sentir fome em muitos momentos, quando a temperatura está elevada, o ideal é apostar em frutas e saladas, mas não ficar sem a alimentação adequada para praticar exercícios. ”Com estes cuidados básicos é possível aproveitar o calor para adquirir o hábito de fazer atividades físicas e assim manter o peso ou mesmo investir no gasto calórico”, finaliza.

Publicado originalmente por portal revista exame. coluna bem estar.

Entrevista com Steven Seagal Sensei

PERGUNTA: Por que você estudar Aikido em vez de karate?

STEVEN: Eu comecei no karate, e foi em busca de um professor que pudesse ensinar-me a aspectos místicos das artes marciais. As pessoas com quem estudei no karate não podiam dar isso para mim. Achei o Aikido e pude ler alguns dos discursos de O’Sensei e o vi pessoalmente.

PERGUNTA: Com quem você estudou Aikido?

STEVEN: Eu estava dentro e fora do Japão como um jovem, e vi Tohei Sensei quando ele ainda estava com o Hombu Dojo. Eu estudei com diversos professores que você não conhece e outros que você nunca ouviu falar, desde Isoyama Sensei, Abe Sensei. E apenas mais um grupo de pessoas que já se foram..

PERGUNTA: Já houve um momento crítico em seu caminho, seu treinamento, onde você fez uma mudança radical?

STEVEN: Sim, durante seis anos, eu praticava cerca de oito horas por dia, o que é muito, mesmo no Japão. Eu estava batendo com a cabeça contra a parede e eu não estava fazendo nenhum progresso. Eu queria transcender os aspectos físicos do Aikido. Eu estava tentando fazer algumas das coisas que 0-Sensei estava fazendo, mas eu não estava chegando a lugar nenhum, mesmo tentando. Finalmente, um dia, eu saí em Kameoka, na província de Ayabe e comecei a treinar com alguns dos professores que tinham uma mística como 0-Sensei, e comecei a dedicar mais tempo para os aspectos místicos de Aikido. Eu experimentei tremendas e dramáticas mudanças em minha técnica, nos primeiros seis meses.

PERGUNTA: Por que não mais alunos de 0-Sensei foram procurar os aspectos místicos da técnica? Isso era menos interessante ou importante?

STEVEN: 0-Sensei usava um dialeto chamado Tanabe. Existe em algum lugar nas montanhas, em sua área. Um dialeto, que é realmente difícil de entender. Gostaria de falar com os outros caras e perguntar o que ele estava dizendo. Eles diriam: “ah, ele está falando sobre Deus e religião e essa porcaria, esquece isso e volte a treinar.” Essa foi a atitude. No entanto, quando eu subi e estudei com alguns dos mesmos sacerdotes que ensinavam 0’Sensei, eu comecei a entender o Aikido pela primeira vez na minha vida. Porque Aikido é mais do que waza ( técnica ).

PERGUNTA: Eu tenho ouvido muito sobre a linha-dura do aikido e Aikido “light”, você pode falar sobre o que seria a diferença?

STEVEN: 0-Sensei sempre sobre o Go-ju-ryu, o círculo, o quadrado e o triângulo. Aikido tem que ter todas essas linhas juntas. Os movimentos básicos são quadrados, muito quadrados. Quando você chegar ao nível intermediário, a quadrado está sempre lá, mas você vê já vê um monte de triângulos. Quando você chegar em um nível avançado, você vê na maior parte do tempo o círculo. Mas o quadrado está sempre lá.

PERGUNTA: Você já usou Kiai em suas técnicas? Eu não acho que eu já ouvi isso de você.

STEVEN: Você não vai querer. Kiai é muito eficaz e quando você faz isso direito, você vai paralisar o seu adversário.

PERGUNTA: Existe uma posição correta para começar?

STEVEN: Quando alguém aparece e eles vão fazer alguma coisa, você está posicionado como sempre é confortável e você faz o que você tem que fazer. A idéia é se eu estou em hanmi esquerda e alguém par cima de mim, ele provavelmente não virá para mim em hanmi certo, porque seu rosto está indo encontrar-se com meu punho. No entanto, nunca se sabe. A idéia é para esvaziar a mente e deixá-lo entrar.

PERGUNTA: Em termos de técnica o que você diria que é o mais importante?

STEVEN: Eu diria que “irimi” é o mais importante.

PERGUNTA: Em Aikido é apenas praticar a luta, ou pensar-se em situações de vida e morte?

STEVEN: A diferença entre uma luta real e com uke no tatame, é a diferença entre a natação no mar e nadar no tatame.

PERGUNTA: É uma técnica baseada em alguém que avança totalmente e acaba por se comprometer totalmente, usando o seu peso corporal no ataque?

STEVEN: Sim. A base do aikido inicialmente é assim. Mas no Aikido avançado não importa.

PERGUNTA: Nem mesmo com um soco como um boxeador o faria?

STEVEN: Nem um pouco. Não importa se eles ficam, ou se correm de mim, se eles estão lá e fazem polichinelo, eu acho que tenho de controlar uma situação ou neutralizar uma situação, e eu estou indo parar atrás de você. Isso é Aikido avançado. Eu não preciso de você se movendo. Você pode entra ou não em mim, você pode fazer o que quiser.

PERGUNTA: Como pode um aluno com deficiência se envolver com as artes marciais?

STEVEN: Depende da forma como eles são deficientes e que forma eles estão parados. Se você tiver como utilizar suas mãos e seus braços, então você pode fazer Aikido quase o mesmo que eu posso. O conceito é que alguém deve vir para você. Uma vez que eles vêm para você, os movimentos das mãos, os movimentos do tronco, e tudo o resto são os mesmos. Em uma série de maneiras que você pode se tornar um praticante de Aikido muito bom. Eu sei que durante houve tempo que eu me machuquei muito e estava muito mal. Eu aprendi minha técnica corretamente foi porque eu não conseguia me mexer.

PERGUNTA: As pessoas podem começar com 55 ou 65 anos na prática do Aikido?

STEVEN: Eu tive pessoas que com seus 70 anos iam de trem treinar no Japão, e aqui nos EUA pessoas com 60 e 70 anos que veem treinar.

PERGUNTA: Qual é a relação entre o Aikido e Budo?

STEVEN: Eles são o mesmo.

PERGUNTA: Existe alguma confusão, porque há uma vasta gama de atitudes do Aikido, de uma arte marcial muito suave, para uma arte marcial mortífera.

STEVEN: Eu acho que essas são as aberrações bobagem. Pode ser Bugei (arte marcial japonesa ou caminho marcial), se você tender por esse lado, mas se olhar o termo Budo, olhando para a caligrafia chinesa e original você ficará triste, pois significa parar a guerra. Braços parem! Pare a guerra. Então, é um Budoka HeiHõka, este guerreiro é realmente um guerreiro da paz, ou um homem de paz. Você precisa ser forte o suficiente para acabar com a guerra, você verá o que estou dizendo, porque se você é fraco não pode acabar com a guerra, você começa a ser guerreado. Você entendeu? E Budo tem que ter yin e yang, ela tem que Tate no ito a Yoko, Izu não mitama a mizu no mitama. Trata-se de todos os termos Shinto. Yoko Ito no significa lua, feminina, a água, o amor, o poder do perdão, o poder do amor. Tate no ito significa sol, falamos masculino, falamos sobre o fogo, nós falamos sobre o poder de decisão. Esse é o momento em que se você não perdoar, que é o poder de corte. Esses dois elementos têm de viver a nossa dentro de você em harmonia perfeita ou você está fora de equilíbrio, e que é o assassinato de sua essência do Budo também. Você tem que ter a habilidade e a capacidade de decidir tomar decisões, para cortar, para matar e, ao mesmo tempo, você tem que ter a capacidade de amar, de perdoar, de ser compreensivo. E esses têm que trabalhar juntos, mas o Budo é todas essas coisas e Aikido é uma das milhões de artes marciais sob a tutela do grande Budo, você entende?

PERGUNTA: O que podemos nós, como estudantes de Aikido fazer para melhorar a situação política do Aikido?

STEVEN: Infelizmente, muitos dos professores de Aikido estão mais preocupados com quem é melhor, onde e quem tem mais estudantes. Estou errado? No Aikido não importa quem é melhor. Não importa quem está certo e quem está errado, ou que tenha como muitos estudantes, ou cujo sensei é maior do que quem. Quem se importa? Nada disso importa, não tem nada a ver com Aikido. O que importa é que todos nós tentamos ajudar uns aos outros para melhorar a nós mesmos como seres humanos. Sejam quais forem os estilos que vêm até nós, serão bem-vindos, ninguém é melhor do que ninguém. Concentre-se na filosofia e nos aspectos espirituais do Aikido, em vez de quem está afiliado com quem.

PERGUNTA: Você poderia descrever o seu foco no treino com alguém, quando você está se preparando para as técnicas? Parece que você está passando por um processo e foco muito específico naquele momento.

STEVEN: É um ciclo. Quando estou ensinando, é apenas a posição do corpo a corpo e minha posição. Quando você realmente treinar, você tem que recolher-se e começar a concentrar energia. Você absorve o ataque, pegua seu “ki”, agarrándo de alguma maneira e traz para você. Quando alguem vêm para você, você faz o que quer fazer, é como um relâmpago. Onisaburo, que, como sabem, foi professor espiritual de 0-sensei, escreveu o Kaminari ku Kanji que significa “Budo é um relâmpago.” O ponto culminante de electricidade e de energia entre o céu e a terra, que é realmente o que o Bugei (artes marciais) é.

PERGUNTA: Como deve ser a intenção do uke para isso?

STEVEN: O uke não deve estar pensando em fazer alguma outra coisa, nem pensar em fazer seu ukemi. Ele só deve estar pensando em atacar. Em estágios avançados você nem pensa em atacar, você ataca apenas.

PERGUNTA: Você poderia me dar a sua interpretação de Musubi?

STEVEN: Algo juntar-se para se tornar um, é muito simples.

PERGUNTA: Como a relação entre uke e nage?

STEVEN: Pode ser, eu posso dizer Musubi em 15 milhões de maneiras, é como tomar a palavra casamento em Inglês. Musu significa tornar-se um, se juntar.

PERGUNTA: E a sua experiência com 0-Sensei?

STEVEN: Eu tenho muito pouca experiência com 0-Sensei. Eu era capaz de vê-lo várias vezes. Eu vi ele falar. Eu estava muito próximo de seus mestres espirituais e eu ainda sou. Eu acho que era a única pessoa branca sempre indo exatamente nos passos de 0-Sensei em termos de seu treinamento místico. Eu me tornei um sacerdote em O’moto Kyo e fui para a formação de todo o processo formal com o sacerdote do 0-Sensei, onde recebeu seu treinamento. Eu realmente nunca aprendi com ele. Nunca fui seu uke. Não cheguei a entrar em choque com ele sobre o tatami ou fui jogado por ele ou qualquer outra coisa.

PERGUNTA: Eu li em um artigo que kenjutsu é uma parte da sua vida?

STEVEN: Bem, para mim, Aikido e Kenjutsu são a mesma coisa. Se você viu a minha técnica, eu estou sempre efetuando o corte. Hoje nós fizemos um par de golpes de isto e aquilo, mas quando você me vê muita coisa que você vai ver e que eu estou sempre cortando com os pés e as mãos; tesabaki, ashisabaki. As mãos e os pés são todos os ângulos do kenjutsu.

PERGUNTA: Parece hoje que o seu Aikido era muito pragmático, um tipo orientado para a rua ao invés de outros estilos de Aikido que não são tão pragmáticos como o seu estilo. Eu queria saber se você, explorou também qualquer outro caminho no Aikido?

STEVEN: A técnica física do Aikido no nível que eu estou ensinando nada tem a ver com as aplicações mística na maneira que você está se referindo, ou seja, há Go-ju-Ryu (duro, macio e fluido). Agora, 0-Sensei sempre dizia: “Bugei wa desu Bugei”. As artes marciais são as artes marciais. E, “Aiki wa odorijanai”. Ele sempre disse que o Aikido não é dança. Se você nunca treinou com 0-Sensei do Aikido, ou foi assisti-lo, você estaria com medo de atacá-lo por ele poder jogar você. Suave como ele era, se você não estava lá concentrado, você poderia se machucar. Aikido é perigoso e tem que trabalhar. Isso é o que disse o fundador e era o certo. Aikido tem que trabalhar. Tudo o que eu estou fazendo é ensinar-lhe como fazer o seu trabalho no Aikido, porque não trabalho para você. Tento ensinar-lhe como fazê-lo de forma real. Não há nada sobre isso tudo que não seja espiritual. Na verdade, é muito espiritual. É real, não é uma ilusão, não é um desenho animado. Você tem que sentir para entender. 0 sensei era um grande místico, mas seu Aikido funcionou. Há muitas pessoas que tentaram pegá-lo em muitas ocasiões diferentes, desde antes de ele começar Aikido, para muito tempo depois. Eles descobriram que não é nenhuma brincadeira. E se você não pode fazer isso, se você não pode sair na rua e deixar uma dupla de baderneiros te acertar com bastões de beisebol, para em seguida fazer a coisa certa, você não sabe Aikido. Tem que ser real, caso contrário, tem-se uma ginástica aeróbica ou algo assim. Eu vou em alguns dojos e vejo alguém atacar, e então o cara cai e ninguém toca em ninguém. Há alguém aqui que pode jogar qualquer um sem tocá-los? Você tem que fazer o trabalho. Estou falando sério.

PERGUNTA: Você tem que salvar alguns dojo Aikido que são muito passivos?

STEVEN: Há dojo que ensina esta forma (jogando sem tocar), e eu acho que para ensinar de qualquer maneira você primeiro tem que aprender o básico e dentro dos princípios que você tem que ser capaz de fazê-los funcionar. Uma vez que você aprendeu o básico, e fez-lhes o trabalho, você pode obter o material mágico; que leva 20-30-40-50 anos para começar a sentir algo.

PERGUNTA: Como é que uma prosseguir nos aspectos místicos do Aikido, após atingir o básico?

STEVEN:, Primiero isto estaria disponível comigo, ou qualquer outra pessoa que tem esse tipo de fundo místico. Aí, quando você chegar perto o suficiente, neste aspecto, de seu professor, ele decide se quer ensinar.

PERGUNTA: É possível uma outra religião ou espiritualidade seja tão valiosa quanto a Omoto Kyo foi para o seu Aikido?

STEVEN: Eu imagino sim, que ela certamente foi. Um paralelo sobre Omoto kyo e outras religiões: Até mesmo 0-sensei disse que muita religião fala assim: “Nós somos o caminho, qualquer outro caminho está errado e você vai para o inferno.” Não há nenhuma religião, pelo que sei que não diz isso, exceto a Omoto-kyo. Estamos todos a subir a montanha mesmo, pode haver caminhos diferentes, mas todos nós estamos tentando chegar a Deus. Todo mundo tem o seu próprio caminho para chegar lá.

PERGUNTA: Qual parte do Aikido veio de esgrima?

STEVEN: Todas as partes, quando eu faço nikyo, eu cortei. Quando eu faço irimi, eu cortei, shihonage também, é tudo kenjutsu.

PERGUNTA: Quantos anos você tinha quando abriu seu dojo?

STEVEN: Cerca de 22.

Obrigado a todos muito bem.

Fonte:

A publicação do texto, de nosso conhecimento, foi no http://brasilaikido.blogspot.com.br

Não conseguimos no entanto verificar  nem neste site, nem por outros meios, da onde veio o texto original e a sua veracidade. Embora este apresente coerência com os vários registros da vida de Seagal Sensei.

Conduzindo um dojo de Aikido

O ALTOS E BAIXOS DE CONDUZIR UM DOJO DE AIKIDO

O mundo revela-se um lugar um tanto quanto holístico, como um holograma ou uma imagem fractal. A forma do todo é repetida em cada um dos seus fragmentos. Assim, o que experimentamos na subcultura do aikido é geralmente verdade para a sociedade como um todo. Essa é uma das várias boas razões para explorar o aikido em todos os aspectos.
É claro que o aspecto mais importante do aikido é seu treino, no tatame. Isto só pode ser feito em um dojo, logo temos que ter um dojo de aikido para que possamos realmente explorar seu potencial. Todos nós fomos sortudos em achar um, ou então teríamos ido jogar boliche.
Com o passar do tempo, para alguns de nós torna-se necessário assumir a responsabilidade por esse dojo. Para outros, não há outra maneira de continuar treinando aikido, a não ser iniciar seu próprio dojo. Não hesite em fazê-lo quando a necessidade chegar!
No nosso universo a sobrevivência e o desenvolvimento são realizados por regeneração. Na escala modesta do aikido, isso é feito por alunos novos ao ingressar no dojo, e por alunos antigos partindo para iniciar seus próprios dojos.
A aprendizagem do aikido, a partir do primeiro ukemi em diante, é uma luta poderosa. Conduzir um dojo é um desafio tão grande quanto. Não há nenhum atalho, e se houvesse, seria tão sem graça e chato como ver Paris apenas em cartões postais. Você tem que fazê-lo de verdade, como todo seu esforço, pois se não, não terá sido feito.
Eu iniciei alguns dojos, e tenho testemunhado o início e o desenvolvimento de alguns outros. Aqui estão algumas coisas que essas experiências me ensinaram. Talvez sejam de utilidade, se você está no mesmo processo.
VOCÊ QUER PARCEIROS DE TREINAMENTO
Você sabe porque você precisa de um dojo: você simplesmente quer parceiros para treinar. Talvez você tenha assumido um dojo, quando o seu ex-professor partiu, ou iniciou um novo dojo porque você se mudou para outra cidade, ou precisava de uma mudança, porque queria explorar o aikido em uma direção diferente que a de seu dojo – seja qual for o caso, você precisa de um dojo porque você precisa de companheiros de treinamento para que sua prática de Aikido continue.
Nunca se esqueça disso. Isso é razão suficiente para ir adiante e começar um novo dojo, não importa quanto problema isso traga. Isto também te serve de guia, uma bússola, que irá ajudar em todas as escolhas que você precisará fazer durante a formação e gestão de um novo dojo. As escolhas que funcionarem bem com seu estilo de treino são boas, as outras são ruins. É claro que devemos ter uma perspectiva maior do que apenas a próxima aula, mas no fundo, você tem que querer treinar no dojo e desejar que o próximo treino aconteça logo, se isso não acontecer, algo está errado.
Então, não hesite em iniciar o dojo e a sua formação, de acordo com suas próprias preferências no aikido. Se você prefere um certo estilo de aikido, permita que o dojo seja dedicado a ele. Se você gosta de um clube pequeno, com apenas alguns membros que são amigos próximos e iguais, então se atenha a isso e não se preocupe em tentar fazer o dojo crescer. Quanto mais o dojo concorda com você, mais você concorda com ele, e então você será um líder inspirado.
Conseqüentemente, se por algum motivo o dojo se desenvolver em algo que não combina muito bem com você, não hesite em deixá-lo. Você pode encontrar um outro dojo do seu agrado, ou iniciar um novo. Pode não ser o dojo mudando, mas você. A mudança é uma força fundamental do mundo. Não espere que as coisas sejam do mesmo jeito ano após ano, mas espere que as coisas mudem. Essa é a única maneira que você tem para se adaptar.
Ainda assim, até chegar o dia em que você sentir que deve deixar o dojo, enquanto você liderá-lo: deixe que suas preferências pessoais o governem.
A PRIMEIRA GERAÇÃO
Quando um dojo é iniciado a partir do zero, a sua primeira geração de membros é da maior importância. Eles definem o caráter do dojo. Se for formado por um monte de pessoas alegres, felizes tanto em treinar quanto com a companhia uns dos outros, então o dojo com certeza será um sucesso. Vai sobreviver e prosperar.
Isto não é nenhum mistério, mas lembre-se do seu significado. Para que isso aconteça, você tem que se esforçar bastante para juntar um certo número de pessoas no exato momento em que você está iniciando o dojo, então você tem que ser ousado e fazer com que o treino regular seja condizente com a maneira como você quer treinar aikido – mesmo que isto signifique excluir pessoas que não tenham a vontade, ou a habilidade, de se adaptar a isso.
Não mude o seu estilo de aikido ou o sistema do dojo para atrair um grande número de pessoas que nunca gostariam de treinar aikido do jeito que você quer. Isso só leva a problemas e conflitos, e pode muito bem acabar com a fragmentação do dojo, ou com seu fechamento.
Quando um dojo é iniciado, ele se transforma facilmente em um clube forte de mentes homogêneas. Eles formam o núcleo sólido do dojo – uma força que supera até mesmo o poder do líder do dojo. Quando você começa um dojo, você é capaz de decidir muito sobre como ele vai ser, mas uma vez que esse clube de membros iniciais é formado, ele tem muito mais força para influenciar o líder do que o líder para influenciá-lo.
Portanto, tome cuidado em como o primeiro grupo de membros é formado. Faça o que puder para manter os que você realmente quer que sejam parte dele e até mesmo tente afastar aqueles que você sente que são contrários ao que você quer que o dojo seja.
Não se preocupe com pessoas deixando o dojo depois de um curto período, se não gostaram de lá. É muito melhor um pequeno dojo onde os membros se sentem ligados e em acordo, que um grande, onde todo mundo se sente como estranhos.
Com certeza o dojo não será da forma como você o imaginou. Assim que o grupo começa a dar forma a si mesmo, é o grupo que realmente lidera o dojo, não você. Isso é uma coisa boa, desde que você também esteja preparado para algumas surpresas e é o que torna a aventura excitante. Faça o que puder com a formação inicial do dojo, então esteja preparado para dar um passo para trás por pouco tempo, para ver o que acontece.
Não existe forma de eu enfatizar o suficiente a importância da fase inicial de um dojo, suas primeiras semanas e meses. Se você estiver preparado e conseguir tratar deste período de forma satisfatória, o resto vai ser muito mais fácil do que caso você não tivesse se preocupado.
Por exemplo, considere cuidadosamente como promover o seu dojo. Não enfatize o aspecto de defesa pessoal, se esta não é sua vontade. Não use mídias ou fóruns que, principalmente, atraiam pessoas de uma atitude que está longe de ser o que deseja. Nas demonstrações, tente não demonstrar uma maneira de fazer Aikido que difere muito do que você gosta nos treinamentos.
Não hesite em deixar seus membros suarem tanto no tatame quanto fora dele. Envolva-os no trabalho. Deixe-os sentir como pioneiros, uma vez que é essencialmente o que são. Eles não precisam ser mimados – muito pelo contrário. Eles querem sentir-se envolvidos e essenciais no processo de formação do dojo.
De qualquer maneira, aqueles que não podem se envolver no calor, você não os quer como membros. Qualquer um que espere apenas pagar a taxa e depois ser servido, não está apto para participar de um dojo. Por outro lado, pessoas que contribuam para   trabalho do dojo com rostos sorridentes estão aptos, mesmo que eles tenham dois pés esquerdos e nunca aprendam a diferença entre omote e ura.
Quando você tiver a primeira geração de membros do seu dojo, faça o treinamento intenso, se esforce para que vocês também passem grandes quantidades de tempo juntos fora do tatame, leve-os como você para seminários, traga outros professores de aikido para o seu dojo, para que eles possam conhecê-los e se sintam conectados com o mundo do aikido como um todo. Não se preocupe se está fazendo coisas demais. No período inicial de um dojo não existe isso de “fazer coisas demais”. Muito não é o bastante. Não mire nada que não ultrapasse o “demais”. Deixe que sua perseverança seja o único limite.
Normalmente, a pioneira primeira geração de membros de um dojo é a que tem o maior vigor e determinação. Além disso, você também estará ansioso para ter membros num nível em que você possa , treinando com eles, desenvolver seu próprio aikido. Seja impaciente para desenvolvê-los até este nível e além dele.
O PERÍODO DE FIXAÇÃO
Você provavelmente vai manter a sua primeira geração de membros por vários anos, e eles vão parecer insaciáveis. Todos treinarão duro, e todos estarão dedicados ao dojo e a sua formação, como se nada mais na vida realmente importasse. Você vai se divertir bastante.
O dojo vai se estabelecer e obter as suas características durante estes primeiros anos. Sua estrutura fica sólida e suas rotinas são estabelecidas. Essas coisas não precisam ser trabalhadas previamente. É realmente melhor se elas são formadas ao longo do caminho, para que elas se adaptem bem ao caráter do dojo.
Portanto, evite estabelecer um sistema de graduação detalhado com antecedência. Quando seus alunos forem progredindo em graduação, você estará preparado para perceber o que é necessário para o próximo passo. Desta forma seu sistema de graduação será muito mais relevante e viável do que caso você o tivesse preparado de antemão.
Isso também é verdade se você usar um sistema de classificação exterior, por exemplo, o do Aikikai Hombu Dojo ou do estilo de Aikido que deseja pertencer. Você não pode permitir-se mudar as atuais exigências técnicas no sistema, mas você ainda tem liberdade no modo de aplicá-las – o que enfatizar e o que você considera como menos importante, o que em particular você procura em cada graduação, o que você espera além do que é pedido no sistema de classificação e assim por diante. Qualquer sistema de classificação deve ser mais ou menos adaptado ao que está sendo praticado no dojo. Não hesite em adaptá-lo, na medida em que sinta a liberdade. Caso contrário, seu grupo corre o risco de se tornar nada mais que uma máquina.
Nunca se esqueça que a graduação é secundária, enquanto o treinamento é primordial. A graduação deve refletir como o Aikido é treinado em seu dojo. Ela não deve, de forma nenhuma, forçar o treinamento a um molde, para o qual as aulas são pouco mais do que uma preparação para o próximo exame.
Eu recomendo que você faça do exame um evento divertido, em intervalos regulares, mas não dê a ele uma importância tal, como se fosse o objetivo do treinamento. Não é. O treinamento é o objetivo do treinamento. É treinando que você melhora seu aikido e você não treina para receber graduação maiores, você treina para melhorar seu aikido.
Ainda assim, trate o exame com cuidado e se certifique que os membros sintam respeito e confiança no seu sistema. Na verdade, eles vão exigir isso.
Quanto à programação do dojo, você também deve estar pronto para se adaptar. A primeira geração de membros vai querer treinar tanto quanto possível, mas é importante também que eles realmente sejam capazes de ir a todas as aulas. Encontre uma maneira de fazer isto possível, ou em breve haverá dois níveis de associação: os que sempre treinam, e aqueles que não podem fazer isso. Bem, talvez você queira que seu dojo consista apenas deste ultimo grupo, então vá em frente. Mas eu aposto que assim você terá um dojo composto principalmente de adolescentes e pessoas em seus vinte e poucos anos, sem família e possivelmente sem emprego. Este tipo de dojo tem vida curta.
Como regra geral: deixe que o dojo se organize de uma forma que agrade a maioria – se não todos – dos seus membros de primeira geração. Se seu dojo é um clube, ele precisa de uma diretoria e outros componentes organizacionais. Este é um assunto delicado. Quais dos membros devem estar na diretoria? É natural que todos os membros da primeira geração se sintam como iguais e isso é uma coisa maravilhosa. Isto pode ser facilmente estragado dando a alguns deles funções e títulos que os ponham acima dos demais.
Um clube deve ter estatutos, uma diretoria, reuniões anuais, e assim por diante. Mas durante os primeiros anos, é melhor tratar essas coisas com pouca ênfase, sempre que possível, mesmo que isso signifique alguma negligência. Algumas decisões precisam ser tomadas pela diretoria, ou pela reunião anual, mas elas devem ser livremente discutidas entre todos os membros com antecedência, de modo que todos se sintam envolvidos no processo de decisão.
Não deve haver surpresas vindo da diretoria. Suas decisões – bem como aquelas tomadas na reunião anual do clube – devem ser unânimes. Se não forem, no período de fixação do clube, há um risco de que algo dê errado. Na verdade, logo que uma votação formal é necessária, é motivo de consideração.
Normalmente, quem começa um dojo se torna seu presidente. Inicialmente, isto é difícil de evitar, mas tem uma séria desvantagem: implica em uma especial importância para quem é o presidente. Deste modo, faz com que a diretoria, e todas as questões organizacionais, estejam acima dos membros regulares do clube.
Se um dos membros regulares é feito presidente, o título perde um pouco da ênfase, mas há outros riscos. Esta pessoa pode não se comportar devidamente. Aquele que é eleito como presidente deve estar convencido da insignificância do título. Uma boa regra geral é que o presidente deve ser escolhido entre os membros que não querem o cargo e deve se ter certeza de não escolher alguém que esteja ansioso por ele.
Isto é verdade para toda a diretoria e qualquer outro compromisso no clube. Procure aqueles que precisam ser convencidos a aceitá-lo e evite aqueles prontamente voluntários.  As reuniões da diretoria deverão ser poucas e o mais informais possíveis. É melhor que as reuniões anuais do clube sejam feitas no tatame, imediatamente após uma sessão se treino. E lembre-se de deixar que todos os membros participem da discussões de assuntos que são importantes para o dojo, sempre que a decisão precisar ser feita formalmente.
Uma regra de ouro no dojo, especialmente durante seus anos de formação, é: Vamos ter todos envolvidos em tudo.
PRÓXIMA GERAÇÃO DE MEMBROS
É claro que o dojo necessita de outros membros que não sejam os da primeira geração, mas eles costumam revelar-se muito mais difíceis de se encontrar e manter do que os membros iniciais. São os membros da primeira geração que estão no caminho, sem saber.
Eles participaram na formação do clube, do qual eles também fazem parte. Os membros pioneiros do dojo estão intimamente ligados, transformando o dojo em algo semelhante a uma família. Não é fácil para os novos membros, mais tarde, serem aceitos como iguais nesta comunidade fechada.
Isso raramente demonstrado de forma direta. Na maioria dos casos nem os velhos nem os novos membros estão conscientes disso. Ainda assim, isso resulta em muitos novos membros deixando o dojo, enquanto a maioria dos membros da primeira geração continuam, aparentemente para sempre.
Semelhante a uma família, a única maneira de ser plenamente aceito em um clube onde os membros da primeira geração dominam, é através do convite e a ajuda de um deles. O núcleo de um clube é o seu círculo íntimo e enquanto a primeira geração está quase intacta o círculo interno é o clube inteiro. Se nenhum deles faz um esforço para que novas pessoas participem, o clube continuará a ser constituído apenas de seus membros de primeira geração.
No Japão, existe o sistema de Sempai e Kohai, o que pode ser traduzido como estudantes seniores e juniores (respectivamente). Ele existe em todas as partes da sociedade japonesa, também em seus dojos. Quando alguém se junta a um dojo japonês, essa pessoa rapidamente encontra apoio e orientação através de um dos membros seniores. Essa pessoa será sempai do novato – para o resto de suas vidas. O novato é kohai em relação ao seu sempai.
É um sistema limpo, resolvendo o problema do restrito círculo interno. O sempai, que é um respeitado membro do círculo, garante que o kohai possa entrar, e os outros seniores do dojo o aceitam, em respeito ao sempai.
Com algumas modificações, este sistema pode ser usado também em um dojo fora do Japão.
Ele começa com o líder do dojo. Normalmente isso significa o é o diretor – o sensei, para usar o termo japonês. Se o professor mostra interesse em novos membros, os alunos irão certamente fazer o mesmo. Ainda assim, o professor não pode se preocupar com os iniciantes até um ponto em que os alunos mais antigos começam a ser negligenciados. Em tal dojo é melhor ser um novato do que ser avançado – uma situação que rapidamente deteriora o dojo. A principal preocupação do professor são os alunos avançados, mas esses por sua vez, devem sentir a responsabilidade de cuidar dos recém-chegados.
Isto é facilmente conseguido se os alunos seniores começam a dar aulas aos iniciantes, ou pelo menos ajudar o professor de maneira significativa. Muita coisa no dojo, senão tudo, se resume a ensino. Portanto, se os alunos seniores estão envolvidos no ensino de recém-chegados, certamente irão fazer todo o possível para as pessoas ficarem e continuarem a sua formação.
Eu penso que este é exatamente o ponto nesta questão. Um dojo consegue atrair novos membros se presta atenção em cada um dos elos da corrente, dos membros mais velhos aos mais novos, mas isto tem que ser feito respeitando o fato que a prioridade para o membros mais antigos é essencial para um dojo. Como no Japão, você nunca pode se transformar no sempai do seu sempai, não importa que graduação você possua ou quão rapidamente seu aikido se desenvolva. A prioridade pelos membros mais antigos deve ser reconhecida e não podemos nos privar disso.
Um dojo onde o respeito pelos membros mais antigos é ignorado perderá a sua estabilidade, de modo que nem os mais antigos, nem os mais novos se sentirão confortáveis nele. Por outro lado, a hierarquia não precisa ser seguida tão rigorosamente. A diretoria não precisa ser formada apenas pelos membros mais antigos do clube, nem as aulas precisam ser dadas apenas por eles. No entanto eles devem ser considerados e respeitados, de uma forma maior do que é necessária aos ingressantes.
O iniciante deve ter um desejo de se tornar um membro antigo no futuro e, portanto, não será de modo algum contra um sistema de hierárquico baseado em tempo de treino. Isto acontecerá enquanto à dinâmica de aceitar novos membros como seniores à medida que o tempo passa, continue.
ADEUS À PRIMEIRA GERAÇÃO
Depois de algum tempo isso estará prestes a acontecer: a primeira geração de dissolve. Se eles eram jovens no início, eles se casam, têm filhos, um trabalho exigente, e assim por diante. Por alguma razão, o dojo vai perder seus pioneiros um após o outro.
Começa com um ou dois deles. Embora a perda seja sentida, o dojo e seu círculo íntimo permanecem intactos. Mas, em seguida, outros vão, em um ritmo crescente, e de repente todos, a não ser por alguns poucos, desapareceram no mundo fora do dojo. Mesmo que a primeira geração fique intacta por, digamos, cinco anos ou mais, todos eles podem ter ido em um ano.
Eu descobri que este é um processo que se acelera, O círculo se quebrou, os laços se afrouxam e assim a primeira geração de membros sentem que sua comunidade é uma coisa do passado. Eles seguem para outras coisas na vida.
Além disso, quando a primeira geração já não é a maioria no dojo, os remanescentes podem se sentir um pouco isolados ou até mesmo rejeitados, como políticos que não conseguem votos suficientes para permanecer no cargo. Membros que entraram mais tarde começam a tomar o controle. Bom, é um tipo de aposentadoria, tão inevitável quanto é natural.
O único membro remanescente pode acabar sendo o líder fundador do dojo. Se a primeira geração era formada de amigos próximos, quase como irmãos, o líder do dojo pode se encontrar em uma situação muito solitária. É como perder seus amigos após o colegial. É triste.
O que você pode fazer? Isto acontece com qualquer um que dá inicio a um dojo, então deveria haver uma solução. Não há, até onde eu sei. Mas podemos tirar algum conforto disso. Os amigos que você fez continuam pelo resto da vida, mesmo que você não os encontre tão frequentemente. Vocês sempre terão memórias em comum para compartilhar. Mesmo que muitos deles parem de praticar aikido, eles continuarão a valorizar o que aprenderam através dele. Eles ficarão felizes em admitir que tiveram uma experiência muito rica, assim como aconteceu com você.
Ainda assim, o maior conforto está no que ficou e no que está por vir. Existem alunos iniciante para serem desenvolvidos até avançados. Sempre haverá ingressantes cujo talento ainda está para ser descoberto e cultivado. Para eles você será mais um pai do que um irmão. A cadeia não tem fim.
Pense nisso: o que mais lhe encanta – o aikido você foi capaz no passado, ou o aikido você espera conseguir no futuro?
Eu pensei que seria.
Quando a primeira geração de membros desaparece, o que tende a acontecer de forma muito inesperada, o número de alunos no seu dojo, provavelmente, diminui de forma substancial. Não apenas há um número menor de membros, mas mais importante: existe uma grande lacuna entre os membros avançados. Talvez você tenha sido deixado sem nenhum yudansha, faixa preta, e provavelmente você não terá membros com os quais você possa treinar no nível que estava acostumado
As pessoas se vão, nós sabemos disso e podemos aceitar o fato. Mas um dojo em que você sente que deve começar tudo de novo – é uma coisa difícil. Assim, algumas vezes acontece que o líder fundador do dojo se vai, pouco depois que a primeira geração de alunos.
Se for isso que você realmente quer fazer, então faça. Mas não até que você ter tentado seriamente persistir. Você tem que dar o seu dojo uma segunda chance, para o bem dos membros restantes, e daqueles que ainda virão. Se existe uma grande lacuna, de modo que quase todos os membros restantes são de um grau muito menor do que a primeira geração, então você precisa começar por admitir para si mesmo que você não tomou o cuidado adequado na renovação do dojo. Você não fez o suficiente para fazer os iniciantes bem-vindos, ou para assegurar que estavam recebendo um treinamento bom o suficiente para que eles pudessem se desenvolver como deveriam. Você tem que pensar em maneiras de melhorar neste aspecto.
A próxima coisa que você precisa fazer é garantir que os membros mais antigos que permaneceram no dojo sejam considerados o núcleo do dojo, assim como a primeira geração era antes deles. O truque aqui é fazer com que eles se sintam desta forma. Quando os atuais veteranos se sentirem no lugar dos antigos, eles irão ajudar a manter o dojo funcionando. E provavelmente, eles o farão se sentir motivado.
Uma boa forma de se fazer isso é fazer mudanças no dojo e envolver os alunos seniores nelas. Dado a mudança de gerações, o dojo necessitará de mudanças também. Seja audacioso, faça disso uma forma de renascimento. Se os alunos avançados participarem do processo, eles se tornarão a primeira geração deste dojo renovado. Você pode acabar descobrindo que esta nova geração mostra tão entusiasta, apaixonada e persistente quanto à primeira geração. E você irá se divertir novamente.
Aprenda com o processo. Então você vai fazer melhor da terceira vez r – e da quarta, e da quinta…
APRENDA ENSINANDO
Se você é o líder fundador de um dojo, o mais provável é que você seja seu principal instrutor também. Como você deve esta bem ciente ao ensinar seus alunos de aikido, a maior inspiração no treino de aikido é o processo de aprendizado. Alunos praticam visando a perfeição. Sem a perspectiva de aperfeiçoamento, o treino se torna um mero exercício corporal – isto pode ser necessário, mas não é muito divertido. O professor também precisa sentir que está melhorando, ou se tornará apenas um trabalho – com pouco, ou nenhum, dinheiro vindo dele. Sendo assim, quem ensina o professor?
Os alunos ensinam. É um fato, não apenas uma agradável afirmação democrática. Colocando isso de forma mais geral: você aprende ensinando.
Quando você explica aos alunos exatamente como uma técnica de aikido funciona e como ela deve ser feita, você deve conhecê-la mais do que em qualquer outro momento da sua vida, não importa quantas vezes você a tenha feito na aula de professor. Você tem que mostrá-la também, o que o deixa cada vez mais consciente de seus detalhes e do que a compõe, ajudando a desenvolvê-la e refiná-la. Você deve executar a técnica em alunos de diferentes habilidades e tempo de experiência e ajudá-los enquanto eles tentam aplicá-la em você. Isto faz com você esteja sempre examinando e modificando sua técnica.
Ensinar aikido é uma das melhores formas de aprendê-lo. Todo aluno treinando em dupla nos treinos regulares acaba percebendo isso. Ao ajudar um ao outro eles aprendem a técnica mais rapidamente e melhor do que aprenderiam sem está comunicação durante o caminho – o ensino mútuo.
O professor responsável pelo dojo aprende muito apenas com suas aulas regulares, mas isso não é o suficiente. Se você quer que seus alunos melhorem, que eles continuamente ultrapassem cada uma de suas limitações, você precisa fazer isto também. Para tanto, você precisa algumas vezes aprender como um aluno.
Vá a seminários! Experimentar outros professores não apenas revitaliza seu aikido e te dá novas idéias de como modificar suas técnicas. Também te a chance de ver outro professor trabalhando e assim você aprende mais sobre como ensinar.
Convide outros professores para dar aula no seu dojo! Isto te dará os mesmos benefícios de quando você viaja para algum seminário – e alguns mais. Você tem a chance de ser um aluno como os outros, no seu próprio dojo. Será relaxante e também uma lição de humildade, seus alunos irão se deliciar com isso e se tornarão menos formais com você. Não se preocupe com autoridade e respeito – estas coisas são automáticas. A única maneira de não tê-las é se esforçar de mais para consegui-las.
Além disso, quando você convida um outro professor para o seu dojo – ou traz seus alunos com você para um seminário em outro lugar – os alunos têm a oportunidade de aprender mais do que você pode lhes dar. Não precisa ser melhor ou mais avançado, ou qualquer coisa assim, ele só precisa ser diferente do que você ensina. Dá-lhes a oportunidade de desenvolver seu aikido a um ponto onde você pode realmente aprender com eles. O ideal de um professor é que seus alunos sejam capazes de ultrapassá-lo. Mas faça-os trabalhar por isso, através de seu próprio desenvolvimento contínuo, ao mesmo tempo em que você faz todo o possível para ajudá-los e inspirá-los em seu progresso.
Quando você tem um processo de aprendizagem mútua acontecendo em seu dojo, você e seus alunos se divertem na aula. É preciso se divertir.
O Budo algumas vezes é considerado de forma muito séria, drenando toda a alegria, assim a única coisa que resta é disciplina e desconforto. Ninguém aprende nada em tal ambiente e ninguém realmente gosta. Se você pretende continuar ensinando e quer que seu alunos, não apenas continuem treinando, mas que de fato aprendam, você precisa fazer todo o processo divertido. Você, o professor, precisa gostar das aulas – isto é mais importante do que os alunos gostarem, mas eles vão gostar se você gostar.
Dê a si mesmo a liberdade de ensinar de maneira que você possa desfrutar, perseguindo direções que o atraem, fazendo as aulas de um jeito que o faça ficar desapontado quando o tempo acaba – muito mais cedo do que você estava preparado. Não se preocupe se isto parece um pouco egoísta da sua parte. Se você não está gostando, ninguém vai estar.
No entanto, preste atenção em duas coisas: Orgulho e preguiça.
O orgulho faz com que você evite ensinar técnicas das quais não está seguro. Ao invés disso, você enche suas aulas com técnicas que você domina. Como com a prática vem à perfeição, você certamente irá aprimorar técnicas que você já conhece muito bem, mas o resto do seu aikido se arrisca a deteriorar. Você realmente não aprende muito com isso. A preguiça é um veneno de ação lenta. No início funciona de forma quase igual ao orgulho: você evita técnicas em quem não se sente confortável, por uma razão ou outra, e passa tempo demais nas que você sente facilidade. Lentamente, isto te leva a fazer cada vez menos, como um todo, nas suas aulas. Um professor preguiçoso também evita ir a seminários ou convidar outros professores ao dojo. Novamente, você não aprende muito desse forma.
Sendo assim, o aprendizado é a chave. Enquanto você está aprendendo e melhorando, você está se divertindo e tudo está bem.
PROFESSOR DE PROFESSORES
Em seu Livro dos Cinco Anéis, o famoso samurai Myamoto Musashi escreveu: O professor é a agulha e os alunos são a linha. Como professor você lidera os estudantes para que eles avancem, sendo o espírito de aperfeiçoamento a razão para tudo. A agulha vai primeiro, mas é a linha que permanece.
Leva-se uma vida – ao menos – para aprender como ensinar. Provavelmente, não a nada mais grandioso na cultura humana, sendo assim, vale a pena gastar o tempo de uma vida aprender isso.
Ao longo do caminho, você terá alunos que permanecerão por diferentes períodos de tempo e cada nova geração do dojo te dará a chance de reformar e renovar a forma como você ensina. Use a oportunidade. Questione e revise a forma como você ensina, desde sobre os detalhes de como você apresenta uma técnica na aula ou como você corrige o trabalho de pernas de um iniciante, até a uma perspectiva maior de como levar alunos ao nível de Shodan e além – até o ponto em que seus alunos estarão prontos para serem os instrutores de seus próprios dojos.
Nós devemos nos empenhar para que nossos alunos se tornem melhores do que nós mesmos. Mas o aikido não é uma competição. Não há realmente nada do tipo, de um aikidoca ser melhor do que outro. Nós somos diferentes e isso é tudo. Uma melhor meta para um professor de aikido, se é que deve ter alguma, é cultivar seus alunos até que eles cheguem ao ponto de se tornarem professores – se tornar um professor de professores. Isso vai tomar algum tempo. Entretanto, um professor não pode hesitar em deixar seus alunos partirem. Ainda pode haver uma enorme quantidade de coisas que aluno ainda pode aprender de seu professor, mas uma vez que tenha chegada à hora, o professor deve deixá-lo ir mesmo assim. Se aluno tiver atingido a competência para ser o principal instrutor de seu próprio dojo, provavelmente será hora para isso.
Há um ditado japonês que diz: Mesmo para uma pedra, três anos. Significa que mesmo se você quer aprender algo simples como sentar em uma pedra, levará três anos para aprender. Por outro lado, após três você pode sentar em uma pedra.
Uma aplicação japonesa para o ditado é que leva três anos para que um aluno perceba o que pode ser aprendido de cada professor, sendo assim não há motivo para trocar de professor antes deste período. É claro, se depois de três anos você descobre que há ainda muito a aprender de seu professor, você será sábio em permanecer com ele (a). Mas estará tudo bem se você decidir procurar outro.
Eu fico lisonjeado e um pouco surpreso quando as pessoas permanecem como meus alunos, mesmo tendo se passado três anos. Eu mudo minha atitude em relação a elas, esperando que elas assumam cada vez mais uma responsabilidade pessoal para o seu contínuo aperfeiçoamento no aikido. Neste ponto elas devem tomar algumas iniciativas próprias, como visitar outros dojos, ir a seminários, talvez tentar treinar alguma outra arte, adicionando alguns ingredientes ao seu próprio treino.
Também, aos que permanecem por mais de três anos, eu considero que foram permanentemente mordidos pelo bicho do aikido. Eles até podem parar de treinar aikido, mas o aikido continuará em suas mentes e corpos, efetivamente aperfeiçoando suas habilidade de uma forma sutil. Eles começaram um processo neles mesmos que não irá parar só porque ele não praticam mais aikido no tatame. E um dia, é bem possível que eles voltem ao tatame.
Possivelmente você pode dividir o desenvolvimento dos alunos de aikido em um certo número de estágios. Caso possa, penso que deveria ser assim:
1 – O estágio de Iniciante.
O budo tradicional diz que este estágio dura até que o aluno chegue ao nível de faixa preta, mas isto é um exagero. Eu diria que dura de um a dois anos, dependendo de quão intenso é o treinamento e de quão talentoso é o aluno.
Aqui, o ensino deve conter dois elementos: o treino do básico do aikido e uma ocasional demonstração do que o aikido pode se tornar a longo prazo. Sem uma devida quantidade do primeiro, o aluno nunca ficará seguro de sua técnica e sem o último, qualquer aluno talentoso perderá o interesse no aikido.
2 – O Estágio Intermediário
Este estágio começa quando o estudante quando o aluno se sente confortável com as técnicas de rolamento (ukemi) e consegue executar as técnicas básicas do aikido sem muita hesitação. A partir deste ponto o aluno se desenvolve de forma muito rápida e precisa treinar frequentemente e com vigor.
Eu penso que este é o momento em que ele deve começar a usar o hakama, mas nesse ponto os dojos diferem grandemente. Alguns não permitem o uso antes do nível shodan, outros tem regras diferentes para homens e mulheres – o que eu acho ridículo. A regra mais comum para os dojos fora do Japão é permitir o uso do hakama a partir do terceiro kyu. Caso aconteça mais tarde, temo que toda a boa influência que o uso do hakama pode ter na postura e na circularidade dos movimentos é perdida. Alunos que tem que esperar tanto pelo hakama já estão tão acostumados com seus hábitos que seu uso não os ajudará a corrigi-los.
Nesta etapa os alunos precisam treinar bastante para desenvolver-se rapidamente para a próxima fase. Eles começam a sentir os estudantes avançados, por isso devem receber o apoio para tornar-se rapidamente avançado. Não há praticamente nenhum limite para o quanto eles podem ser estimulados, ou o que eles podem realizar proezas.
Este é um período muito intenso no desenvolvimento de ninguém aikido, e é cheio de memórias intensas que mantemos para sempre. Eles ainda precisam trabalhar em seus fundamentos, certamente, mas eles também precisam descobrir o quanto eles já aprenderam – até para mostrar, ocasionalmente. Eles sairão de fininho, em tais momentos, se o professor permite que ele ou não. De qualquer forma, o professor deve trabalhar duramente para manter esses estudantes desafiados, ou eles vão se cansar – ou sair em um momento posterior, quando os desafios à sua capacidade e perseverança são inevitáveis.
Neste estágio os alunos precisam treinar o suficiente para que possam se desenvolver rapidamente para o próximo estágio. Eles começa a se sentir como alunos avançados, sendo assim eles devem ter o suporte para que rapidamente se tornem alunos avançados. Não há realmente nenhum limite para o tanto que eles podem ser estimulados ou qual talento eles podem desenvolver.
Este é um período muito intenso no desenvolvimento de qualquer um no aikido e é cheio de memórias intensas que se manterão para sempre.
Eles continuarão precisando treinar o básico, claro, mas eles também precisam descobrir o quanto eles já aprenderam – e, eventualmente, precisam mostrar isso. Eles irão arranjar esses momento, quer o professor permita ou não. De qualquer forma o professor precisa se esforçar para manter os alunos desafiados, ou eles ficarão entediados – ou irão embora com o tempo, quando os desafios a suas habilidades e perseverança se tornarem inevitáveis.
3 – O Estágio Avançado.
Este nível se inicia normalmente quando o aluno atinge o nível de shodan, ou imediatamente antes disso. A graduação em si não é um indicador confiável, porém o aluno chegou a um nível de habilidade inquestionável. O aluno também adquiriu um nível de autoridade em seu aikido. O aluno avançado esta familiarizado com a maior parte das técnicas e confortável em ensiná-las aos outros.
Provavelmente está é a melhor indicação que um aluno atingiu o nível avançado: a habilidade de ensinar a outros as técnicas de aikido. Em comparação, o aluno em nível intermediário pode ser capaz de ensinar algumas das técnicas, mas raramente tem a paciência de fazê-lo e normalmente esquece pontos importantes enquanto o faz. O aluno de nível intermediário está muito mais interessado em aprender e fazer do que em ensinar. É no estágio avançado o interesse do aluno em ensinar começa e cresce. Sendo assim, é interessante que seja dado a estudantes neste nível a oportunidade de ensinar, paralelamente ao seu próprio treinamento.
Para um desenvolvimento contínuo, o aluno avançado precisa reexaminar suas técnicas, mesmo que ele as possa fazer de forma competente e confortável. Eles aprendem isso por estarem ensinando, mas também por causa do intensivo trabalho do professor para com eles. O professor de alunos avançados deve estar apto para enfrentar as altas demandas, para que os alunos não se acostumem com as habilidades que já tem, mas continuem melhorando.
O refinamento do aikido é feito por revisão. Os alunos avançados devem questionar o que eles aprenderam. Eles devem se atrever a abandonar as soluções em que eles confiaram até agora, assim eles estarão abertos para o contínuo desenvolvimento, mesmo que isto signifique uma mudança no que eles conheciam tão bem para algo que os faça sentir como iniciantes novamente.
É claro, é necessário um professor de nível avançado para conseguir manter seus alunos de nível avançado aprendendo, para desafiá-los e inspirá-los. O professor deve ser realista sobre o que ele pode ensinar a um aluno. Normalmente isto pode ser medido pelas graduações de “Dan” – e isto deve ser feito com cuidado – você deve perguntar a si mesmo em qual graduação de Dan você se sentiu confortável para liderar seus alunos. Sua própria graduação pode ser uma indicação, mas isto está longe de ser infalível.
Qualquer que seja a sua graduação e qualquer que seja a graduação que seu aluno chegue, virá um dia em que você terá que admitir que não tem muito mais para ensiná-lo. É hora de o aluno seguir em frente – ou procurando outro professor, ou iniciando seu próprio dojo. É melhor que o aluno faça as duas coisas, se possível.
4 – Estágio de Professor.
Isto acontece quando o aluno está mais do que competente para ter seu próprio dojo, se tornar o instrutor principal dele e tomar para si a responsabilidade do desenvolvimento dos seus próprios alunos, desde o nível de iniciante até os níveis avançados. Esta competência normalmente é atingida no 4? Dan, mas novamente – a graduação por si não é um medida garantida.
Desde ponto em diante o estudante é responsável por seu futuro desenvolvimento. Certamente, o estudante pode ter um professor que, através de instruções, guie seu desenvolvimento e o ajude em grande medida, no entanto a responsabilidade continua a ser do estudante. O professor ajuda, mas não mais lidera.
Se um aluno neste nível não tem a vontade, ou não consegue, achar um novo professor ou de dar início ao seu próprio dojo, a atmosfera no dojo fica densa, como se o dojo estivesse pequeno demais. E ele está. Muitos professores em um dojo faz com que surja o risco de que ele se divida em grupos separados, dando início a todo tipo de conflito.
Você ainda pode fazer com que isso funcione, caso aos professores seja dada responsabilidades bem definidas e separadas, mas não é fácil. Todos terão a necessidade de ensinar e de fazer isso da maneira que eles preferem. E isso é difícil de conseguir tendo-se apenas um dojo.
Se o instrutor principal do dojo for de fato muito avançado, até o alunos que chegarem ao nível de professor podem escolher permanecer e continuar seus estudo com este professor, como se nada tivesse acontecido. Mas algo aconteceu, sendo assim os instrutor principal deve tratá-los de forma diferente, mais como convidados de honra do que como alunos. Eles também devem se esforçar bastante para utilizarem suas habilidade de ensino em outro lugar, mantendo, ou não, seu treinamento em seu dojo original. Essa é a verdadeira dívida que você tem para com seu professor: ensinar a outros.

tradução livre do texto de sensei Stefan Stenudd

Sensei não é um Mestre

Por Stefan Stenudd *

Algumas pessoas que praticam o Aikido preocupam-se pela tradição de se curvar no princípio e no final dos treinos frente ao retrato de O Sensei na parede. Eles podem hesitar em assim proceder por causa de certas convicções religiosas, ou porque eles se sentem pouco a vontade com o que parece ser algum tipo de adoração.

Eu nunca tive este problema, nem mesmo como um adolescente novato no início dos anos 70, quando era pressuposto que todo o mundo se revoltasse contra quaisquer figuras de autoridades. Mas eu tive um pequeno problema em chamar o instrutor de Sensei.

Mestre
Naqueles tempo, Sensei, para nós na Suécia, geralmente significava o “Mestre”, e em sueco esta palavra é raramente utilizada. Nós a usamos somente para campeões de jogo esportivos, quando eles ganham uma medalha de ouro nacional ou internacional – mas isso não tem nada que ver com Aikido, é claro.

Por outro lado, seu uso tradicional na suecia era para Jesus Cristo. Na tradução sueca da Bíblia é assim que a maioria dos discípulos freqüentemente o chamava.

Eu não era muito religioso, pelo menos não de um modo virtuoso, mas eu sempre achei muito complicado chamar meu instrutor de Aikido por algo que eu sempre associei ao Messias.

Embora Aikido se tornasse minha paixão, eu pensei que tal uso da palavra estava sendo exagerado… Bem, havia alguns instrutores que não se opunham quanto a isso…

De qualquer maneira, quando eu aprendi que o termo simplesmente significava “professor”, eu me livrei daquele problema. Mesmo assim, eu nunca sonhava em insistir que meus estudantes usassem o termo para comigo, e eu pensei que eu precisaria ser um homem bem mais idoso antes que eu ficasse mais à vontade com eles fazendo isso tão voluntariamente.

E eu não gosto quando vejo o título de “Mestre” sendo usado para um instrutor de Aikido ou qualquer outra arte marcial – especialmente se ele (ou, raramente, ela) usa-a para si mesmo.

O que está errado com a palavra “Professor”? Há alguma outra coisa mais distinta que nós podemos representar para as futuras gerações que virão?

O chamado dos estudantes

No uso japonês da palavra, você não pode chamar a si mesmo de Sensei. Só é usado através dos outros, quando eles se dirigem ou falam sobre você, se eles sentem que isto é apropriado. Isso é maravilhoso. Você só é considerado um professor se alguém prontamente admite ser seu estudante, e se voltam a você de modo que possam aprender algo.

Se você teima em ensinar sem ser questionado, você é qualquer outra coisa… Não Sensei.

Deve ser permitido para os estudantes escolher os seus professores. Isso é fundamental nas tradições Orientais. Também era o caso nas Universidades da Europa Medieval. Os estudantes escolhiam os professores, os pagavam do seu próprio bolso, e os trocavam rapidamente se não estivessem satisfeitos com eles.

Aquele sistema tinha suas desvantagens, tais como alguns compromissos na atitude acadêmica em alcançar a popularidade. Mas eu ainda penso que é melhor do que numa situação onde os estudantes estão presos aos professores, não importa quão incapazes eles são. Se você não precisa dar sua opinião, com o passar do tempo você tende a não dar.

Assim, este fundamento voluntário do Dojo é uma bênção. Você só mantém seus estudantes contanto que eles sintam que eles aprendem algo valioso com você. Isso significa que você tem que continuar trabalhando na sua própria melhoria, e você tem sempre que ser sensível às necessidades dos estudantes – as necessidades como você as vê, porque essas são as únicas necessidades que você sempre pode esperar cumprir.

Quando você dá para os estudantes o que você sente que eles precisam, alguns deles vão provavelmente discordar de você e partir, porque eles estão convencidos que você está errado. Nesses casos é definitivamente melhor que eles irem, do que você se adaptar às exigências deles contra sua própria convicção. Eles deveriam ser sempre livres para partir e achar outros professores. Desse modo, o estudante é o chefe de seu destino.

É claro, os estudantes que mais aprendem são aqueles com a menor pressa para realizar esse poder. Esses estudantes permanecem, embora eles estejam incertos sobre o que eles obtêm de você. Os mais sábios deles só ficam porque eles estão incertos sobre o que adquiriram.

Treinador

Em Aikido e nas outras artes marciais, o instrutor é normalmente o praticante mais competente no Dojo. Isso é tão estabelecido que consideramos como óbvio. Considerando a complexidade de nossas artes, definitivamente é isso mesmo. O instrutor tem que demonstrar cada técnica, e mostra para os estudantes passo-a-passo como fazer isto direito.

Mas em jogos esportivos, a pessoa que conduz o treinamento é raramente um atleta ativo. Treinadores de jogo esportivos são técnicos, que ficam à frente do banco, dirigindo os atletas, analisando o que eles precisam exercitar, e como eles deveriam melhor desempenhar para aumentar as chances de vitória. Isso também é freqüentemente válido para esportes complicados e que exigem habilidades refinadas.

A situação padrão em jogos esportivos é que o treinador nunca está tão concentrado no jogo como os jogadores estão. Isto pode parecer uma desvantagem, mas tem suas vantagens pedagógicas. Por exemplo, um treinador é bastante livre para exigir muito mais dos atletas do que ele pode alcançar. Também, nutre um respeito pelos atletas, e os mantém centrados.

Nas artes marciais, Sensei é considerado freqüentemente com uma reverência que faz os estudantes serem pouco mais do que decorações ao redor daquele líder, como se a prática fosse um tipo de ritual, que tem no Sensei como um padre, talvez até também como uma divindade adorada.

Mas tanto para o Sensei em um Dojo, como também para o treinador em um esporte, a verdadeira meta é a mesma: aperfeiçoar as habilidades e realizações dos praticantes. Dois caminhos bem diferentes em direção à mesma meta. Assim, Sensei pode aprender com o método do treinador, e vice-versa.

O Sensei

Voltando a Morihei Ueshiba, ele é honrado com o título “O Sensei”, grande professor. Isso diz tudo. O enfoque do título não é sobre suas próprias habilidades como um aikidoka, embora elas fossem indubitavelmente fenomenais, mas diz mais respeito a sua capacidade para desenvolver as competências e a perspicácia de seus estudantes. Até onde eu entenda, foi assim que ele realmente se sobressaiu.

A evidência mais forte disto é a grande diversidade no Aikido que seus estudantes demonstravam.. Embora eles tivessem o mesmo professor, o modo de cada um praticar o Aikido é bem distinto um do outro. É muito difícil achar dois estudantes de O Sensei que praticam Aikido de modo semelhante.

Qualquer professor pode desenvolver estudantes que são uma mera cópia do seu jeito de treinar Aikido, mas um grande professor inspira os estudantes para achar e expressar o seu próprio Aikido. É o único modo de realizar isso.

Todos nós temos que começar nossa jornada no Aikido copiando os movimentos do instrutor para nos familiarizarmos com eles. Entretanto, com o tempo, os movimentos ficam, de forma crescente, naturais a nossa natureza. Então eles começam a ser como nossos, como se nós fôssemos os inventores deles.

De certo modo, nós somos. Cada pessoa que aprende Aikido é capaz de reinventá-lo de forma que se torna uma expressão natural daquele indivíduo. Se o Aikido não se move à esse estágio, falta significado a seu praticante, e os aspectos mais sofisticados disto são inalcançáveis.

Você pode ver isto com os estudantes de O Sensei. Quando você vê um deles fazendo “ikkyo” de certo modo, lhe convencem imediatamente que este é o modo para assim fazê-lo. Ainda, quando você vê outro estudante de O Sensei fazer “ikkyo” diferentemente, novamente lhe convence da mesma coisa. É bem agradável. E esta é a característica principal de um professor formidável.

Bem, deve ser correto, então, chamar tal professor de Mestre.

* Stefan Stenudd é um instrutor de Aikido 6o Dan da Aikikai, sócio da Federação de Aikido Internacional que dirige um Comitê de Graduação Aikikai Sueco, e do Conselho Diretor da Federação de Budo Sueca. Ele pratica Aikido desde 1972. Presentemente ele ensina Aikido e Iaido no seu Dojo Enighet em Malmo, Suécia, e em seminários na Suécia e no estrangeiro. Ele também é um autor, artista, e historiador de ideias. Ele publicou vários livros em sueco e em inglês, de ficção e de não-ficção. Entre os últimos estão livros sobre Aikido e Aikibatto e também um guia para o uso da Força Vital (Ki) e uma Enciclopédia de Energia de Vida. Ele escreveu uma interpretação sueca do Tao Te Ching, clássico chinês, e o clássico de samurai japonês – O Livro dos Cinco Anéis. No campo das ideias ele estuda os padrões de criação dos pensamento, dos mitos, bem como “Os Poemas” de Aristóteles.

Que aikido voce pratica?

Por Stanley Pranin
Tradução livre de Walter Amorim

O mundo de hoje do Aikido tem o carimbo do segundo Doshu Kisshomaru Ueshiba mais do que qualquer outra pessoa. Não há outra figura que é mais influente, nem mesmo o Fundador Morihei Ueshiba. Eu percebo que, para muitos dos fiéis alunos do aikido, esta será uma afirmação chocante. Permita-me dar mais detalhes.

Primeiro de tudo, aikido é uma fenômeno pós-Segunda Guerra Mundial. Morihei Ueshiba e sua arte marcial incipiente eram conhecidos principalmente nos círculos de artes marciais, e não pelo público em geral, antes da guerra. o que se tornou hoje o Aikido foi moldado principalmente pela família Ueshiba através dos auspícios do sistema Aikikai Hombu Dojo depois de 1955.

O árbitro desse processo de divulgação e o conteúdo do aikido Aikikai  não é outro senão Kisshomaru Ueshiba, filho do Fundador. Em 1942, Kisshomaru assumiu o controle operacional do que se tornaria o Aikikai na tenra idade de 21 anos. Morihei tinha se retirado para Iwama,  a Segunda Guerra Mundial grassava e Tóquio estava sendo bombardeada. Kisshomaru foi empurrado para uma posição de liderança, enquanto era um estudante universitário posição para a qual ele foi mal-preparado. Ele continuaria ininterruptamente como chefe do Aikikai, a maior organização mundial de aikido, até seu falecimento em 1999.

O Aikikai mal estava funcionando como uma entidade após a guerra até por volta de 1955. Durante esse período, Kisshomaru estava simplesmente tentando segurar os restos da estrutura do aikido juntos até tempos melhores chegarem, sem pensar muito na direção futura da arte. Na verdade, ele foi obrigado a manter um emprego em tempo integral em uma empresa de títulos para o próprio sustento e do Aikikai dojo.

Mais tarde, como o Aikido começou a reunir um pouco de atenção entre o público em geral, foi Kisshomaru, com aconsultoria de um grupo de anciãos e outros pares, que gradualmente começou a moldar as políticas que levariam a um crescimento constante, se não espetacular, do aikido.

A Aikikai adotou uma série de medidas a partir do final dos anos 1950 que logo garantiriam o seu sucesso. Isto incluiu o estabelecimento ramos de uma crescente rede de dojos de aikido, e de clubes de aikido em universidades e empresas em todo o Japão. Além disso, o Aikikai despachou um fluxo de instrutores japoneses leais à organização-mãe para locais-chave nos principais países estrangeiros. Muitos deles, por sua vez, criaram grandes organizações de aikido no exterior.

Kisshomaru e Koichi Tohei também publicaram uma série de livros no início dos anos 1960 que foram traduzidos para o Inglês e outras línguas européias. Estes trabalhos apresentaram um quadro técnico e teórico do aikido para uma audiência mundial e estabeleceu a Aikikai como a autoridade central da Arte.

Embora tenha sido uma grande trajetória de vida de muitas maneiras, o papel do pós-guerra de Morihei foi principalmente simbólico, não sendo ele um tomador de decisão nos assuntos da Aikikai. O-Sensei foi bastante irascível, por natureza, e muitas vezes crítico de práticas de ensino da Aikikai. Conseqüentemente, ele foi em grande parte marginalizado e encorajado a ausentar-se do Hombu. Ele passou grande parte de seu tempo viajando para se encontrar com amigos e alunos, e em sua casa de campo em Iwama. Desta forma, ele seria menos um impedimento para o bom funcionamento do dojo.

Rapidamente, várias décadas mais tarde e voltamos os olhos para o presente estado da arte. Obviamente, estou me concentrando na rede Aikikai em todo o mundo, que supera o número de organizações menores de aikido que existem; em tamanho e influência.

De forma coletiva, a organização Aikikai consiste de várias dezenas de milhares de escolas espalhadas por todos os cantos do globo, em seus diversos países. Que eu saiba, nenhum levantamento preciso do número real existe, mas vamos adotar a arbitrariamente que temos de um a dois milhões de praticantes, para dar uma idéia do escopo da arte.

O currículo seguido nessas escolas é amplamente baseado em muitos  livros técnicos de Kisshomaru Ueshiba, emitidos ao longo de um período de 40 anos. A maioria foi publicada pela Kodansha, a maior empresa de publicação do Japão , em japonês e Inglês, e várias línguas européias. Filho de Kisshomaru, o presente Doshu Moriteru Ueshiba, continuou inabalável na produção de livros similares, mesmo antes da morte de seu pai.

As políticas administrativas do Aikikai foram formuladas e aperfeiçoadas por Kisshomaru, e seus conselheiros, ao longo dos anos. Isto inclui os procedimentos de classificação dan, e estruturas de custos de acompanhamento, que constituem a principal fonte de receita da organização.

Na década de 1980 e 90, Kisshomaru desenvolveu uma postura neutra em relação a aceitação de organizações externas pelo  grupo Aikikai. Isto incluiu a reintegração de grupos que já haviam se separado da Aikikai no momento da demissão de Koichi Tohei em 1974. Esta é uma política para a qual ele tem sido justificadamente elogiado.

Outra esfera de influência em que Kisshomaru era dominante é na formação da imagem de seu pai, Morihei Ueshiba, para o “consumo geral”. Através de sua biografia amplamente lida davida de Morihei intitulada em Inglês, “Uma Vida em Aikido,” Kisshomaru estabeleceu uma versão oficial da história do aikido que tem sido utilizada como fonte primária por muitos escritores posteriores.

Além disso,  Kisshomaru deu uma visão da reformulação espiritual de O-Sensei, em uma linguagem que fosse acessível a cultura japonesa moderna, e uma audiência  internacional de leitores. Isto foi conseguido, por se dizer, expurgando a maioria das imagens esotéricas do Shinto que Morihei usada em seus discursos e palestras. Mais uma vez, o veículo foi uma série de livros sobre a filosofia do aikido de Morihei publicado pela Kodansha. Em alguns casos, a autoria foi atribuída ao proprio Morihei. O professor John Stevens foi traduziu e editou a maioria dessas publicações em Inglês.

Lembro-me vividamente da reunião com Kisshomaru Ueshiba em 1963 em Los Angeles em sua primeira visita aos EUA. Naquela época, ele era um senhor de 42 anos de idade, de óculos, com um modo calmo e despretensioso. Ele ensinou e demonstrou, de uma forma prosaica, com pouca explicação. Nada dele era extravagante ou exagerado.

Eu tive contato periódico com Kisshomaru ao longo dos próximos 36 anos a partir daí; e observei se transformar em uma figura digna e paternal. Dentro da Aikikai, ele se tornou um objeto de reverência, sempre acompanhado por uma comitiva delirante. Este “manto” foi herdado por seu filho e atual Doshu, Moriteru Ueshiba, e sem dúvida será passado, e claro, a seu filho Mitsuteru.

Três dias como Uchi Deshi

Traduzido de BUDOSHUGYOSHA

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No mundo das artes marciais, especialmente os do Japão, a prática não pode ser entendida senão apenas como um compromisso total, corpo e alma, em todo o tempo.

Seja dentro ou fora do dojo, o humor, presença, atenção, vigilância, etc, nada muda e é, portanto, natural que as tradições, que começou a aprender uma disciplina, qualquer interesse em viver mais perto da fonte.

É provável que o principal interesse do sistema de uchi deshi, é que estudantes vivam no dojo perto, de forma constante, do mestre e seu ensino.

Em nossos tempos modernos, pela dificuldade de implementar este sistema, infelizmente, tende ele a desaparecer, mas para levar ao caso do Aikido, ainda é possível encontrar oportunidades para ser Uchi Deshi. Estes incluem, por exemplo, a Aikikai de New-York dirigida por Yamada sensei , ou também Tissier sensei, em Vincennes. New York Aikikai liderado por Yamada sensei , ou Tissier sensei em Vincennes.

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Existem também os sistemas Uchi Deshi, mais privados, menos formal, de Tamura sensei embora ele nunca teve  Uchi Deshi formais, teve com Michael Martin uma relação estreita de conformidade com esta tradição. Várias pessoas antes de Mickaël, ocuparam a função de gerenciar e manter o dojo de Tamura sensei, Shumeikan, mas não provavelmente tiveram o mesmo compromisso, ou o mesmo talento que o qualificou para ser o Uchi Deshi de Tamura sensei.

Outro shihan, Shimizu sensei do Tendokan(Tendo Ryu Aikido), em Tóquio, tem apenas um Uchi Deshi por vez … o último sendo seu filho Kenta …

Também no mundo do Aikido, no entanto, há uma corrente com base neste sistema de longa data  de Uchi Deshi. É derivado do ensino de aikido  Saito Morihiro sensei , que continuou hoje por seu filho e sucessor Hitohira Sensei em Iwama, uma pequena cidade já famosa por ser o berço do Aikido.

O dojo de Hitohira Sensei em Iwama localizado não muito longe do dojo mítico do fundador do aikido (agora constituindo o ramo Ibaraki da Aikikai ) é cerca de 1:30h de trem a oeste de Tóquio. É tanto perto quanto longe para mim, porque é sempre difícil encontrar um tempo para escapar da megalópole japonesa.

Felizmente, desfrutando de alguns dias de folga, e graças à ajuda do dojo-cho (chefe do dojo)  Uehara do Aiki Shuren Kai  de Tóquio , tenho o espaço de três dias integrado a vida  de Uchi Deshi em Iwama.

A origem desta escolha, além do desejo de seguir um ensino mais intensivo de Hitohira Sensei, havia de muito mais concreto a vontade de  ter “o gosto” e motivação do  tatami em seu dojo Tanrenkan.

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O Tanrenkan

O Tanrenkan

Na verdade, eu já havia sido capaz de ir várias vezes em Iwama, mas sempre  para eventos especiais, como Kagami Biraki, etc, nunca para a prática … Agora … consegui.

A noite em que cheguei quatro Uchi Deshi já estavam lá, de partes muito diferentes do mundo (Argentina, Dinamarca, Escócia e Israel) e dá ao nosso pequeno grupo uma  atmosfera international e amigável.

O programa de um dia típico varia entre práticas e tarefas domésticas … carregado, mas rico.

As 05:00 da manhã, a pequena comunidade se levanta, à frente do sol. E já, algumas coisas são necessárias: varrer, caminhar com os três cães do sensei.  Cada dia tem um Toban, isto é, uma pessoa responsável por certas responsabilidades. O Toban é responsável por andando com os cães  duas vezes por dia e  uma obra de importância:  preparar o almoço, almoço e jantar para todos os Uchi Deshi.

Chegarão  no próximo dia, mais sete Uchi Deshi, da Venezuela, necessariamente complica o trabalho de Toban (gastar tempo em preparar refeições para cinco pessoas é mais fácil que que cozinhar para 12 ) )

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O velho fogão

Outra tarefa importante é de manhã  alimentar o fogão a lenha que aquece o quarto prédio principal, Shindojo, ao lado da casa do sensei  e gabinete do dojo do fundador. É preciso dizer que, em termos de isolamento e aquecimento central, o Japão ainda tem muito para progredir. Adicione a isso o frio amargo de fevereiro no campo japonês, e você vai entender que a motivação para realizar várias atividades não é difícil de encontrar.

Um pouco antes das 6 horas, Uchi Deshi vai ao dojo Tanrenkan limpar e preparar a organização da  oração Xintoísta da manhã e da meditação que se segue.

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A preparação matinal do dojo

A preparação matinal do dojo:

As 7h, dá início ao curso de arma, que é geralmente realizado numa pequena cobertura de madeira. Se o tempo não permite, como foi o caso durante o segundo dia da minha estadia – caiu neve em abundância durante todo o tempo –  a prática do dia tem lugar no dojo, mas sempre com armas (tachi dori, jo dori, etc.)

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Shuriken

Shuriken

Durante os três dias da minha estadia, apenas Uchi Deshi e sensei Waka (filho e sucessor de Hitohira Sensei) participou do curso da manhã …

Este privilégio educacional, no isolamento e frio não eram, se lembro, somente de algumas estadias. Quando estive, por anos,durante o inverno no Shumeikan dojo, nos conhecemos menos de 15 pessoas para seguir os ensinamentos de Tamura sensei … o que contrastava fortemente com 300-400 participantes alguns seminarios em Paris

Às 8 da manhã, o keiko termina, dando tempo para os treinos livres … Eu era capaz de praticar  no meu inclusive jogando shuriken . Por outro lado, o Toban sai antes do dia para preparar o pequeno almoço, que acontece todos os dias às 09:00.

Todo mundo está acordado desde 05:00h e a fome é grande.

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Alvorecer do Aiki Jinja

Alvorecer do Aiki Jinja

Às 13h, almoço, 18h, voltar para o Tanrenkan para limpar o dojo antes do jantar. Durante à noite, das 19h às 21h,  é o jantar.  A maioria de nós define às 22h e, para mim, nenhuma dificuldade para dormir

Durante o dia, você deve estar preparado para prestar assistência a sensei em caso de necessidade … ajudar a mover alguns móveis para a antiga casa do sensei Morihiro, localizado ao lado da cachoeira, uma lugar dedicado à prática de misogi, ou limpar a estrada perto do Aiki Jinja que se impõe com seu manto de neve.

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A cascata Aiki

cachoeira do Aiki

Além de atividades locais, em torno das muitas fotos na parede para se ver, todos os tipos de bokken que estão quase sempre à mão, tudo recorda a onipresença da prática do aikido que … de fato é um dos locais ideais para passar o tempo.

Eu tento apreciar especialmente o nível técnico do filho do sensei filho que, apesar de sua idade jovems, na minha visão, é corpulento, com um aperto forte e técnica sólida.

Eu só posso incentivá-lo a viver pelo menos uma vez na vida, uma experiência deste tipo … em Iwama ou em outro lugar.

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A prática de Tanren Uchi com roupas de inverno.


O-Sensei e os propósitos do Aikido

Por George Leonard

George Ledyard, Aikido 6 º Dan e aluno direto de Mitsugi Saotome Sensei, iniciou no Aikido em 1976 e tem sido instrutor chefe de Aikido Eastside em Bellevue, WA desde 1989.

Passei este fim de semana passado no dojo de Hultgren Sensei em Missoula (cidade do estado de montana, EUA), para treinar com meu professor, Mitsugi Saotome Sensei. Como esperado, o seminário foi maravilhoso, mas eu achei a exposição Sensei particularmente comovente naquele momento. Eu acho que Sensei, tendo agora aos quase setenta anos, é cada vez mais consciente de sua “missão”, que começou mais de 35 anos atrás, quando ele veio para os Estados Unidos para ensinar. Saotome Sensei passou toda sua vida adulta na arte do Aikido. Ele sente que o Fundador do Aikido instruiu seus estudantes pessoalmente para, em primeiro lugar entender o significado de seus ensinamentos para eles, e, em seguida, para transmitir essa compreensão para estudantes de todo o mundo.
Dado o estado do mundo, tanto atualmente, como historicamente, acho que é difícil envolver minha mente em torno de todo o conceito de paz mundial. Eu acho que a única maneira de sequer começar a abordar esta ideia é do ponto de vista de como praticar Aikido pode transformar o indivíduo, porque tudo começa lá, com os profissionais dedicados que exercem essa prática, moldando suas vidas diárias em torno de uma arte em que as pessoas vão encontrar, em algum momento a impressão de ser esta bastante exótica e em grande parte irrelevante para as suas preocupações diárias.
Como alguém poderia pensar que qualquer prática seja importante em qualquer escala maior do que a pequena comunidade de pessoas que praticam essa arte? Eu acho que tudo decorre da crença de que tudo, cada objeto, cada ser, literalmente, tudo no universo está conectado. Então, assim como Física nos diz que cada partícula em todo o universo está ligada a cada outra partícula, que uma mudança de estado em uma instantaneamente, sem demora temporal, refletir em uma partícula sobre ele do outro lado do universo, também há uma alteração em qualquer indivíduo, em algum nível, com o efeito em qualquer outro ser humano.
Estas são ideias inebriante. Mas a menos que se tenha algum tipo de experiência mística kensho em que ele ou ela tem percebido diretamente a verdade desta realidade continua a ser simplesmente o tipo de conjectura cósmica se faz sobre o vinho com os amigos em entes sala de estar, falta de substância real ou realidade tangível . Embora eu acredite que a prática de Aikido, se feito muito a sério, por muito tempo pode começar a dar um sentido real dessa “conexão universal” Eu acho que o foco para a maioria das pessoas na arte deve ser no aspecto de como o treinamento deve ser e pode realmente ser, trans-formação em um nível pessoal. Como na teoria do “ponto de inflexão”, que trata de mudanças em larga escala na sociedade e como eles acontecem, se número suficiente de indivíduos se envolver em tal prática, não pode realmente ser um efeito sobre o todo que parece ser maior do que o número real de pessoas fazer essa alteração parece indicar.
A primeira coisa que me impressionou sobre o que Saotome Sensei discutido com nós era que apenas fazendo Aikido não era suficiente, que o aspecto trans-formadora da arte não era inerente ao fazer da arte, mas sim uma necessidade para fazer a arte em uma maneira que foi trans-formação. Sensei falou sobre como as pessoas são capazes de simplesmente incorporar todos os medos, inseguranças, e agressão em sua prática. Seu Aikido é baseado em uma mentalidade defensiva ea esperança é que, se alguém pudesse simplesmente alcançar o tipo de energia que permitiria um para derrotar qualquer inimigo, que permitiria que um ser “segura” neste mundo perigoso.
Sensei salientou que este não é o Aikido de transformação. Este é o Aikido de destruição. Isto é o que ele chama de “lado negro” do art. Não é que ela não existe. Não é mesmo que não se estudar esse aspecto da arte. É simplesmente que o foco deste lado da arte perde todo o ponto de por que o fundador criou a arte em primeiro lugar. Eu acho que o Fundador significou para a nossa prática para transformar esta isolada, mentalidade, paranóico com medo, que produz praticamente as ameaças muito que é tanto medo. A visão deslocado da realidade, que incorpora as ameaças, inimigos, olha para cada aspecto da vida como uma espécie de vitória perde concurso é simplesmente uma ilusão. Nossas ações causam sofrimento precisamente porque são baseados na falsa idéia de que nós não estão integralmente conectados uns aos outros.
Assim, um Aikido que tem o poder de transformação é aquele que incide sobre esta conexão, em vez de em alguns fazer crer jogar samurai faux atuação que gira em torno de fingir lutas contra os agressores imaginado. O paradigma marcial não é para o propósito de preparar-nos para alguns potenciais luta contra os perversos, é simplesmente o mecanismo de feedback que nos permite testar a nossa própria compreensão e obter confirmação imediata ou a falta dela. A “mente de combate” simplesmente não pode resultar em nada, mas Aikido corretivas. Um deles é forçado pelo esforço constante para refinar as técnicas, para torná-lo mais e mais esforço, de abrir mão de nossas visões equivocadas de separação e aceitar que estamos conectados.
Se a nossa prática é feito corretamente, cada vez que agimos de uma forma que não estar de acordo com a realidade subjacente de interconexão, deve ser imediatamente evidente no fracasso da nossa técnica para atingir esse nível de effortlessness natural que caracteriza aiki “real “. Nosso objetivo não é a derrota de um atacante, nem devemos nos contentar com o simples fato de que o nosso parceiro atingiu o tapete e isso significa que de alguma forma temos “ganhou”. Não, a meta de nossos esforços é um nível de técnica que é tão de acordo com os princípios essenciais realidade subjacente que nenhum esforço é necessário, que a interação com o parceiro é tão perfeita que tudo isso acontece sem qualquer pensamento de discórdia, sem a necessidade de dicotomias como ataque e defesa, além das noções convencionais de tempo, em um lugar que não se envolve a mente pensante.
É essa busca de “perfeição” que muda um sistema de combate simples em algo muito maior. Ao invés de olhar para a derrota de um inimigo imaginado como o objetivo, que não requer qualquer mudança fundamental nos mais medo visão de mundo baseada, o tipo de técnica que eu estou falando praticamente exige que se deixa ir de qualquer noção de contenção. Ela exige que um deixar de ser medroso, deixará tentar encobrir os temores com a busca desesperada pelo poder, a técnica não-defeatable … livrar-se da falsa noção de que se pode usar a força para vencer.
Tudo isso está contido na técnica do Aikido quando bem feito. Toda técnica tem um instante em que alguém aceita a energia do ataque. É impossível efetivamente executar uma técnica com “aiki” sem isso. Um tem que estar disposto a “deixar ir” da necessidade de defender e, realmente, ser totalmente certo onde ele poderia ser cortado pela espada ou atingido pelo golpe, para ter uma chance de não ser atingido. Técnica só se torna possível no instante em que você eo parceiro se encontram.
Aikido é uma arte que é, fundamentalmente, sobre a “conexão” ainda atrai justamente aquelas pessoas que realmente não deseja se conectar. Pessoas fracas têm de cumprir um “ataque” e ficar no olho do furacão para ter qualquer esperança de ser seguro. Pessoas fortes têm de deixar de ir a falsa noção de que sua força é o que realmente torna segura, eles têm que perceber que a única maneira de estar seguro é parar alegando e realmente relaxar, na mente e no corpo. Cada indivíduo é chamado a desenvolver precisamente o conjunto oposto de habilidades e características que agarrar como a falsa idéia de quem eles são.
Toda a prática é de cerca de alcançar uma compreensão do equilíbrio, o equilíbrio em todos os níveis, mental, físico, espiritual, emocional, social, cósmica. Este “equilíbrio” representa a verdadeira liberdade. É o lugar no corpo aquelas em que um pode mover-se completamente sem esforço, como se sente a necessidade. Ninguém é forte o suficiente para pará-lo quando você faz essa parte o equilíbrio da sua configuração padrão. Treinamento nos revela que a tese é a expressão física de tensão mental causada pelo medo. Prática deve ser sobre a transformação que o medo, o que é negativo e motivador para os impulsos mais escuro que todos nós carregamos em outra coisa.
Se os praticar Aikido não ajuda ninguém chegar a um acordo com a mortalidade de uns, ela não está fazendo o que ele precisa. Se alguém se aprofunda mais as emoções negativas, uma acabou se ao medo. E subjacentes todo o medo está no fundo do medo, da morte. Budo, Aikido e é uma forma de Budo, é sobre a vinda termos com os de mortalidade. Muitas vezes a prática do Aikido é atenuado demais para que isso aconteça. Não há sensação de caminhar na orla. Assim, enquanto a prática não é sobre a luta, ele tem que manter seu paradigma marcial. O dojo em que tudo é muito seguro não pode produzir a transformação pessoal. Muitos dojos encarnar um desejo equivocado de proteger seus alunos de qualquer coisa que assusta ou pode ser potencialmente prejudicial. Eles são pouco mais do que os clubes sociais em que as funções de membro como uma sociedade de admiração mútua. Os seres humanos não fazem mudanças sérias de forma fácil e este tipo de atmosfera simples permite que qualquer pessoa não mudar em vez de colocar pessoas em uma situação em que devem fazê-lo.
Por outro lado, em uma tentativa totalmente equivocada, para evitar o acima exposto, muitos dojos ir por outro caminho. Prática é brutal, lesões freqüentes. Os estudantes podem existir em um estado perpétuo de medo de o professor ou os idosos. Alunos que são inteligentes o suficiente para ver através deste absurdo e deixar são vistos como “não dura o suficiente”, não vale a pena o tempo eo esforço que seria necessário para ensinar-lhes técnica, riddance tão bom. O problema é que não se aprende a não ter medo de ter medo. Aquelas pessoas que provar “o suficiente duro” para lidar com o treinamento áspero e instrutores simplesmente brutal dessensibilizar-se. Eles não transformam a energia do seu medo em uma energia diferente positivo, eles cobrem sobre isso, enterrá-la profundamente e fingir que eles não têm medo mais. Gente como essa tornam-se as crianças abusadas clássico que crescer e se tornar abusadores. Certamente não tem idéia entes da maneira de criar a paz mundial ou mesmo equilíbrio individual.
Não, a resposta para o que o treinamento precisa ser mentira, mais uma vez, em equilíbrio. É preciso que haja risco. As pessoas precisam se sentir como se eles têm que pisar fora da zona de segurança, mais e mais. Mas eles também têm a experiência que sua formação lhes permite assumir esse risco e ter sucesso. Eles precisam ter a “vitória” para que seus corpos e suas mentes começam a acreditar que as lições contidas na técnica adequada representam a melhor maneira de abordar o mundo. Assim, a prática é um equilíbrio tênue entre repetidos fracassos e sucessos repetidos. Falha demais não resulta em muito a aprendizagem a todos. Muito sucesso não força o aluno a cavar fundo, toque essas reservas desconhecido, para ir além dos limites anteriores.
Cada técnica exige sensibilidade para o equilíbrio essencial que existe entre os parceiros. Isto exige que se aprende a “ouvir”. para calar a boca que o diálogo interno, o “ruído” que impede de realmente ouvir o parceiro. Ao mesmo tempo, o Aikido é realmente uma conversa … então apenas escutando não a torna uma conversa. Um tem que saber a maneira correta de se expressar em apenas tal forma que o parceiro tem que ouvi-lo. Assim, no acordo de parceria de prática de Aikido, cada parceiro é obrigado a tanto calar e ouvir e, simultaneamente, expressar-se e ser ouvido. Um tem que fazer isso com muitos parceiros diferentes, cada uma com um diferente tipo de corpo, disposição, etc descobre-se que a pessoa simplesmente não pode forçar qualquer noção pré-concebida da técnica sobre esses diferentes parceiros. O que funcionou com uma falha miseravelmente com o próximo.
Assim, ao longo do tempo, começa-se, não apenas para compreender a maneira pela qual um relaxa e equilibra as própria mente e corpo, mas também somos forçados a realmente ser no instante presente. Nenhuma noção de o que se quer algo a ser no futuro, ou o que se queria que fosse resulta em nada, mas luta. Um tem que realmente deixar de ir ao desejo de forçar as próprias preferências sobre os outros e permitir que a técnica para se expressar. Nem um dos sócios de fato determina o resultado, ao contrário, quando os dois parceiros bem prática, a técnica é uma expressão de como eles se reuniram naquele instante de tempo e espaço. Como um floco de neve, nunca haverá uma outra técnica que ocorre exatamente da mesma maneira. Este é Tome Musu Aiki, a mais alta expressão da técnica do Aikido. Muitas pessoas confundem o estágio de conhecimento técnico que se torna espontâneo e livre como a expressão deste conceito. Acho que isso é errado … fica aquém do que Tome Musu Aiki realmente é.
Tome Musu Aiki só pode realmente ter lugar quando se tem deixar de ir preferências, preconceitos, desejos … está além do ator ou uma ação. Ela ocorre em que momento princípio tornou-se entranhado no corpo como as suas configurações padrão ea conversa entre os parceiros atinge esse estágio que pode existir entre pessoas verdadeiramente íntimas em que toda a conversa pode ser silenciosa. A ação ainda sente ea quietude contém infinitas possibilidades de expressão, um estado de potencial que não é usado para cima ou esgotados, pois a técnica se desdobra.
A maioria das pessoas, mesmo os profissionais sérios da arte do Aikido só tenho flashes desse estado na sua prática. Aikido pode ser trans-formação, mesmo para aqueles que não vai treinar a este nível etéreo? Na minha opinião, sim. Para a maioria das pessoas, a lição mais valiosa do Aikido está contido no ukemi, como eles agem fora o papel da pessoa que inicia a interação entre os parceiros. Em termos de ter aulas fora do dojo que vai ficar um em bom lugar na vida de cada dia os, ukemi é de longe mais importante que qualquer habilidade técnica que se obtém fazendo waza.
Todos os dias, como seres humanos, nos deparamos com experiências em que somos obrigados a “tomar uma queda”. Um parceiro nos deixa, um ente querido morre, perde-se aquelas trabalho, um chefe dá uma crítica negativa … sua infinita. Uma das verdades nobres do budismo é que “a existência é sofrimento”. A abordagem Aikido para lidar com o sofrimento é “tomar o ukemi”. Um pode cair contrato, dura em torno da dor, levá-lo ao redor por anos e deixá-lo uns vida de controle ou um pode suavizar-se, pegue o acerto ou levar o tombo, deixe-o ir e ficar com a vida, a sua realmente até o indivíduo .
Não existem técnicas mágicas para a maioria dessas ocorrências. Como singularmente inútil é a capacidade de lançar outro ser humano ao solo é quando seu chefe lhe diz que você foi rebaixado. O nikkyo mais assustadora do mundo Aikido parece trivial e irrelevante quando o problema é achar que você está perdendo sua hipoteca e, possivelmente, a sua casa. Muitos dos momentos cruciais na vida queridos envolvem situações em que simplesmente não há boa resolução à vista, Está a tomar a queda. Pura e simples.
No Aikido nós gastamos cinquenta por cento do nosso tempo no papel de uke. É uma parte crucial da prática que assumir esse papel. Ela exige um desapego do ego para tomar essa queda de velhos, jovens, juniores, parceiros menores. Esta é uma parte muito importante do treinamento de Aikido e uma parte que, na minha opinião, não é bem compreendida. O papel do uke é facilitar a aprendizagem de seu parceiro. Isso não significa que “tanking” para o parceiro, porque não se aprende nada de muito quando isso acontece. Também não significa fechar as tentativas do parceiro para executar uma técnica que ele está tentando aprender. Nunca se aprende a fazer qualquer coisa por não fazê-lo.
Assim, o papel do uke é crucial para a capacidade de tomar técnica até esse nível elevado que anteriormente descritos. É o papel de uke que o praticante aprende primeiro para verificar seu ego na porta. Ele aprende a ser forte, sem ser resistente. Ele desenvolve a sensibilidade para saber exatamente o que seu parceiro necessidades. A técnica não deve funcionar se não é certo e deve ser permitido e incentivado a ser direito do uke. Quando é o direito do uke leva a queda, um reconhecimento de sua “justiça” e uma prática contínua de ser humilde por parte do uke. Quando a técnica não está certo, o uke não caia. Não por algum sentimento de triunfo ou vitória, mas fora desse sentimento de amor duro, que sabe que o parceiro não aprender nada de interações que são falsos, falso, energeticamente não é verdade. Se dá exatamente o tipo de ukemi um gostaria de ter quando o interruptor papéis.
E não é que uma lição para a vida? Os papéis sempre mudar em algum ponto. O “vencedor agora, mais tarde, ser o último”, como disse Dylan. Assim, como o praticante de Aikido aprende a ser o uke melhor possível para seu parceiro, ele é, simultaneamente, preparar o terreno mental e física necessária para ser capaz de tomar técnica até os crescentes níveis de sofisticação. O “desapego” que é necessário para ser um grande uke é precisamente o que é necessário para desenvolver grande habilidade técnica. E o exercício dessa capacidade técnica etéreo é o que, no final vai criar essa transformação pessoal, que é o ponto inteiro da arte. A única coisa que vai parar o processo é se contentar com algo menos, ao invés de alcançar o céu. Como Ushiro Kenji declarou em seu último livro, “O que você sabe é o inimigo do aprendizado.”
Então, eu estou esperançoso de que O-Sensei sonho de um Aikido que faz transformar o mundo pode prosseguir com os esforços de nossos professores, como meu Sensei próprios, e através do compromisso essencial que todos nós temos de fazer em nossa própria formação para desenvolver a nossa Aikido e fazer algo que Aikido que no fim justifica todo este tempo, esforço e sacrifício. No final, ele realmente depende de nós para fazer isso acontecer. Nossos professores nos mostraram, mas ele vai simplesmente morrer, a menos que realmente fazer acontecer a nós mesmos. É assim que funciona a transmissão..

 

Voce está praticando Aikido de quem?

Por Stanley Pranin
Tradução livre de Walter Amorim

O currículo seguido nessas escolas é amplamente baseado em muitos livros técnicos de Kisshomaru Ueshiba  emitidos ao longo de um período de 40 anos. A maioria foi publicada pela Kodansha, a maior empresa do Japão publicação, em japonês e Inglês, e várias línguas europeias. Filho de Kisshomaru, o presente Doshu Moriteru Ueshiba, foi inabalável na produção de livros similares para iniciantes, mesmo antes da morte de seu pai.

As políticas administrativas do Aikikai foram formuladas e aperfeiçadas por Kisshomaru e seus conselheiros ao longo dos anos. Isto inclui os procedimentos de classificação de dan e estruturas de custos de acompanhamento que constituem a principal fonte de receita da organização.

Na década de 1980 e 90, Kisshomaru desenvolveu uma postura neutra em relação a aceitação de organizações externas para o grupo Aikikai. Isto incluiu a reintegração de grupos que já haviam se separado da Aikikai no momento da demissão de Koichi Tohei em 1974. Esta é uma política para a qual ele tem sido justificadamente elogiado.

Outra esfera de influência em que Kisshomaru era dominante é a formação da imagem de seu pai, Morihei Ueshiba, para consumo geral. Através de sua biografia amplamente lida de Morihei intitulado em Inglês, “Uma Vida em Aikido,” Kisshomaru estabeleceu uma versão oficial da história do aikido que tem sido utilizada como fonte primária por muitos escritores posteriores.

Além disso, a visão espiritual de O-Sensei foi reformulada por Kisshomaru em uma linguagem que fosse acessível a nação japonesa moderna e uma audiência de leitura internacional. Isto foi conseguido por se expurgar a maioria das imagens do Shinto esotérico que Morihei usava em seus discursos e palestras. Mais uma vez, o veículo foi uma série de livros sobre a filosofia do aikido de Morihei publicado pela Kodansha. Em alguns casos, a autoria foi atribuída ao proprio Morihei Ueshiba. O professor John Stevens foi tradutor e editor da maioria dessas publicações em Inglês.

Lembro-me vividamente da reunião com Kisshomaru Ueshiba em 1963 em Los Angeles em sua primeira visita aos EUA. Naquela época, ele era um homem de 42 anos de idade, de óculos, com um modo calmo e despretensioso. Ele ensinou e demonstrou de uma forma prosaica e com pouca explicação. Nada sobre ele era extravagante ou exagerado.

Eu tive contato periódico com Kisshomaru ao longo dos próximos 36 anos, e observei-o se transformar em uma figura digna e paternal. Dentro do Aikikai, ele se tornou um objeto de reverência, sempre sendo acompanhado por uma comitiva delirante. Este manto augusto foi herdado por seu filho e atual Doshu, Moriteru Ueshiba, e sem dúvida será passado claramente e como devido a seu filho Mitsuteru.

Pontos polêmicos da história do Aikido

Stanley Pranin com Noriaki Inoue, Kameoka, 1987

Interessante artigo de Staley Pronin a cerca dos “dogmas” do aikido. Muito interessante. Em cima do que foi colocado e do que colocou um amigo nosso no seu site em fiz meus comentários baseados também nas informações de mestres que tive conato direto ou particepei em seminarios, Gakku Homma Sensei, Cristian Tissier e outros. Christian Tissier conheci em seminario falou sobre as influencias do aiido nas armas e també tive a oportunidade de estudar com dois ex alunos seus durante algunms anos. Gaku Homma Sensei em suas vindas ao Brasil nos brindou com ótimas conversas no café da manhã no extinto dojo okaeri sobre Saito Sensei e O-Sensei. Ele começa assim:

“Comecei a publicação da Aiki News, em 1974, centrado sobre as traduções de uma série de artigos de jornal japonês a Fundador do Aikido Morihei Ueshiba. A partir deste começo modesto, eu gradualmente veio a perceber que muitas das noções sobre a história do aikido Comecei com correu ao contrário do fato real.
Ao longo dos anos, tenho me esforçado para corrigir o que eu considero como informações errôneas através de editoriais e ensaios publicados em Aikido Journal. Ao invés de oferecer opiniões em situação irregular, tentei claramente minhas fontes de informação e as razões para se chegar a tais conclusões.
Muitos dos erros comuns cometidos pelos historiadores têm sido perpetuados na imprensa por décadas. Infelizmente, eles estão aqui para ficar. Isto é especialmente verdadeiro para obras escritas em línguas ocidentais, que, em quase todos os casos, recorrer a fontes secundárias. Apesar de Aikido Journal tem um público grande construída ao longo de 37 anos de publicação, que não representam o mainstream do pensamento no mundo do aikido em questões históricas.
Abaixo eu listei uma série de pontos de vista muitas vezes repetida sobre questões históricas relativas ao aikido que se encontra com freqüência em publicações mainstream. Ter um olhar cuidadoso sobre estas declarações pretendia ser um fato histórico e ver se você encontrou nenhum deles.”

Vou falar de alguns pontos que achei interessante e pude comentar também.

  • O pai de Morihei Ueshiba, Yoroku, era um rico fazendeiro e vereador em Tanabe, Morihei berço. Ele financiou atividades de Morihei quando homem jovem. Além disso, ele emprestou somas grande de dinheiro para as famílias que se juntaram em Tanabe quando Morihei fez sua mudança para o deserto de Hokkaido. Ele também forneceu o financiamento das somas consideráveis ​​pago para Sokaku Takeda para o ensino de Morihei em Daito-ryu jujutsu. Parece ser verdade. É inclusive lógico dado a facilidade maior que o grande mestre teve para se dedicar ao estudo das artes marciais.
  • Morihei Ueshiba aprendeu com Sokaku Takeda somente durante um curto tempo. Daito-ryu foi uma das várias antigas artes marciais que influenciaram o aikido. Morihei criou o aikido a partir de diversas origens técnicas, não sendo o Daito-ryu a principal. Aparentemente, falso, principalmente na parte do taijutsu, as técnicas sem armas. Segundo parece toda o sistema de técnicas do aikido deve em muito ao Daito-ryu, fundado por Sokaku Takeda, que chegou a ter M. Ueshiba como aluno. O que O’Sensei fez ao nível técnico foi melhorar e evoluir a antiga arte de Takeda, pelo menos inicialmente. Parece que há uma certa tendência a se diminuir a atenção sobre as artes inspiradoras do aikido, como se fosse uma tendência insinuar que grande parte da arte viesse puramente da inspiração pura de seu fundador, quase como uma inspiração divina. Isto não é nada novo, pois várias artes marciais e sistemas de lutas fazem isso. Exemplos? Em Certa arte marcial brasilian, muito boa por sinal,  alguns expoentes alunos e alunos de alunos de seu fundador chegam a dizer uma historia romântica de que ela veio de uma inspiração divina de shidarta Gautama passando por monges e etc sem citar, o que o próprio fundador falava, que ela veio de uma adaptação muito bem feita do judo clássico kodokan, que é diferente do esportivo de hoje com certeza. Principalmente das técnicas de chão. Outra grande sistema de defesa israelence tirou inspiração de algumas outras artes, inclusive aikido, para montagem, ou pelo menos enriquecimento, de sua base técnica. Mas nunca cita isso. Pessoalmente não acho demérito nenhum destes grande mestres fundadores ou alunos fazer uma adaptação, pois montar um sistema técnico de uma arte de forma tão consistente não é para qualquer um. Vem de muitas décadas de conhecimentos e não de seis meses de treino em uma ou outra coisa. Alguns modernos inventam muita coisa mas com resultado sofrível, justamente querendo ser mestre com menos de 10 anos de treino e uma arte e uns estágios rápidos em outras. Outra fonte inspiração grande de O-Sensei que não se admite muito é a Kashima Ryu onde ele possuía o Meikyo Kaiden informam alguns. Mas isso é meio esquecido. Muitos nem acreditam. Um dos grandes mestres que afirma a sua influência no aikido é Tissier Sensei. E em seminários ele já demonstrou as semelhanças e inspirações que esta antiga arte marcial trouxe. Quem já estudou um pouco de boken e estudou alguns movimentos de Kashima percebe semelhanças… Eu tive este privilegio de conhecer algumas coisas de Kashima com quem estudou a arte fora do Brasil, (o Belga Claude Walla é 6o dan de Aikido e estudou Kashima muitos anos tive a oportunidade de estudar um pouco com ele alguns movimentos). Também se vê em algumas entradas de movimentos sem armas bem claramente.
  • O filho de Morihei, Kisshomaru, foi preparado para suceder ao seu pai desde a infância. Dificilmente poder-se-á dizer que esta afirmação é verdadeira. Kisshomaru é o terceiro filho varão (de um total de quatro ou cinco filhos, sem certeza) de Morihei. Os outros dois faleceram precocemente, em crianças. E Kisshomaru só iniciou a prática na adolescência, aos 16 anos, o que faz com que existam afirmações de que o seu interesse no aikido em jovem não era muito por aí além. Além disso, é difícil dizer se M. Ueshiba alguma vez planejou sequer uma sucessão deste género, de pai para filho. Enfim, nada aponta para que a afirmação acima seja verdadeira.
  • Morihei Ueshiba tomou um papel activo na disseminação do aikido pós-guerra.  Também será falso. Os verdadeiros responsáveis pela disseminação do aikido no pós-guerra terão sido Kisshomaru Ueshiba, Koichi Tohei e Gozo Shioda (com publicações de livros, demonstrações e organização técnica e pedagógica). O termo «aikido» foi adotado, burocraticamente, em 1942, ano em que M. Ueshiba se retira para Iwama. Desta data em diante O’Sensei dividia o seu tempo entre Iwama e Tóquio (e outras viagens pelo Japão) pelo que papel activo na disseminação do aikido em nível internacional não teve muito, a não ser um papel de inspiração para os praticantes da época no Hombu Dojo. Inclusive, parece que O’Sensei nem sempre era bem-vindo ao Hombu Dojo, não só pelo seu carácter irascível mas também por ser crítico com a instrução dada na Aikikai. Entretanto lembremos que suas demonstrações tiveram um papel muito importante na popularização da arte. Se Ueshiba não  estivesse vivo depois da guerra, sua arte não teria tido o mesmo sucesso. A maioria das pessoas eram atraídas por suas demonstrações públicas. Ele era a figura atraente, mais que seus alunos naqueles tempos. Poderíamos dizer que o aikido mas moderno estilo ou didática mais simplificada desenvolvido no Hombu dojo para ganhar popularidade nas universidades e no mundo realmente difere do que O-Sensei ensinava. Pessoalmente acho que a diferença é mais didática e alguns movimentos foram menos explorados no aikido internacional. Nas conversas que tive com Homma Sensei, que o conheceu e treinou com ele, durante sua pré adolescência, e após com Saito Sensei, existem sim diferenças, mas de abordagem. Alguns dizem dizem que o aikido foi “simplificado” para assimilação ocidental principalmente.

PARA SER UM BOM INSTRUTOR

Por Yoshimitsu Yamada Shihan – 8o Dan Aikikai – Presidente da Sansuikai

Sobre este tema, eu gostaria de discutir no que se requer para ser um bom instrutor, assim como a mentalidade necessária para ser efetivo como professor. Não é necessário dizer, que meu ponto de vista está puramente baseado na minha experiência como instrutor de Aikidô. Tenho visto também alguns dos meus próprios alunos chegarem a ser professores e é através deles e de meus próprios anos como Sensei que realizo algumas observações.

Um dos fatos mais importantes, que simplesmente habilidade técnica para chegar a ter sucesso na arte de ensinar. Tenho me dado conta que não necessariamente é sempre o mais talentoso aikidoca que pode compartilhar o que ele ou ela conhece sobre a arte. Por exemplo, um excelente jogador de baseball não é necessariamente um coach efetivo. Esta idéia nos demonstra que geralmente se requer algo mais que habilidade física.

Um professor necessita ser respeitado e querido por seus alunos. Falando de respeito, freqüentemente escuto professores queixando-se de que seus alunos não lhes oferecem o devido respeito. Na minha opinião o respeito não é algo que pertence, não se pode forçar a nada tê-lo. Deve ser ganho, na maioria das vezes através da experiência, confiança em si mesmo e respeito pelos demais.

Para ser um bom instrutor, seus alunos devem sentir seus anos de experiência comprometida e sua confiança no que estás fazendo. Infelizmente, no meu caso, sempre lamentei ter me transformado em professor de Aikidô sendo tão jovem, imaturo e relativamente inexperiente nos caminhos do mundo. Os lideres do Aikidô não tiveram outra opção, já que o Aikidô era uma nova arte e não tinham tantos praticantes dedicados a difundir o Aikidô nesse momento. Eu era sincero, mas sem as habilidades necessárias para ser tão eficaz como podia ter sido. Enquanto um é jovem, suas técnicas podem ser fortes em razão de suas proezas físicas. No entanto, um poderia precisar de outros fatores, que o ajudam a transforma-se em um líder. Por exemplo, a experiência social, como tratar as pessoas ou como atuar como um ser humano com qualidades que alguém aprende através do tempo.

Uma coisa que sempre tenho em minha mente quando ensino é que, entre os corpos dos alunos, há diferentes tipos de gente de diferentes campos, e que já estão estabelecidos e maduros em suas próprias profissões. Eles não são diferentes de mim. É bastante interessante, que eu realmente comecei a me sentir satisfeito como professor quando me aproximei dos meus cinqüenta anos. Como disse anteriormente além do tempo e da experiência, é também crucial ter confiança, para chegar a ser um bom instrutor.

(…)

É necessário dizer, que os bons instrutores não necessitam se sentir com se precisassem provar de si mesmo para seus alunos. Nem ter que demonstrar quão fortes são. Presumivelmente, os alunos já sabem. Não é bom para os professores ver que as habilidades físicas de seus alunos são do mesmo nível que as suas. Em outras palavras, para evitar a comparação de si mesmos com seus alunos, os professores precisam se dar conta de que dez pessoas diferentes têm dez aptidões e condicionamentos físicos diferentes. Um Sensei valioso demonstra carinho, generosidade e paciência enquanto trata com cada aluno apropriado e individualmente.

Um último conselho é não fazer com que seus alunos o tenham como um ser superior. Se te rodeias de gente que vão lhe colocar em um pedestal, estás se programando para a ilusão de que és superior às outras pessoas. A pessoa deve entender, que fora do tatami és o mesmo ser humano que eles são. Não obstante, uma vez que estás no tatami, podes demonstrar-lhes “quem é o Lider”.

Quando lidero uma aula, sinto que sou o diretor de uma orquestra, cada um dos meus alunos está tocando um instrumento diferente, onde minha responsabilidade é criar uma boa harmonia entre eles. Algumas vezes, sinto que sou um cheff de um grande restaurante que através de minhas receitas levo variedade e sabor aos meus alunos, e assim eles não se sentem cansados ou aborrecidos, sempre buscando dar-lhes inspiração.

Como Sensei de Aikidô, sempre estou buscando a maneira de ser um melhor professor. É um processo de evolução que me ajuda a expressar minha humanidade e a aprender a ser um melhor ser humano. Depois de tudo, é o êxito de seus alunos que lhe faz um bom professor, no tanto que um bom professor, cria futuros praticantes promissores. Ensinar é uma relação de respeito mútuo e entendimento. Dessa forma, seus alunos sempre terão alguém para admirar e vice versa. Para mim, isso é respeito ganho.